22 fevereiro 2019

OS MONUMENTOS CLASSIFICADOS DE TORRES VEDRAS








Pode ver aqui a nota inserta no blogue da Associação para a Universidade da Terceira Idade de Torres Vedras, sobre uma palestra que abordou o tema dos Monumentos de Torres Vedras. Foi no passado dia 8 de Fevereiro.

Transcrevemos o texto, da autoria do nosso associado Joaquim Cosme:


Os monumentos classificados do Concelho de Torres Vedras

Joaquim Moedas Duarte, membro da direcção da Associação de Defesa e Divulgação do Património Cultural de Torres Vedras, bem conhecedor dos Monumentos da cidade e concelho de Torres Vedras, proferiu no passado dia 8 de Fevereiro, na Universidade da Terceira Idade de Torres Vedras, uma palestra sobre o assunto. Qual o processo de classificação dos monumentos? Quem decide sobre isso? - foram algumas das questões iniciais que colocou. Começou por citar Pierre Nora, historiador francês nosso contemporâneo, que definiu o conceito de “monumento” como sendo “toda a unidade significativa, de ordem material ou ideal, que a vontade dos homens ou o trabalho do tempo converteu em elemento simbólico de património memorial de uma comunidade qualquer”.  Recorreu, depois, a alguns escritores portugueses do século XIX que se referiram ao vandalismo e abandono dos vestígios do nosso património, referindo Almeida Garrett (Viagens na Minha Terra), Alexandre Herculano (Monumentos Pátrios) e Ramalho Ortigão (O culto da Arte em Portugal). Recordou que em 1881 o arquitecto Joaquim Possidónio da Silva criou a Real Associação dos Arquitectos Civis e Arqueólogos Portugueses, a qual foi encarregada pelo Ministério das Obras Públicas de elaborar um relatório e mapa de edifícios que deveriam ser classificados como monumentos nacionais. No fim da Monarquia, em Junho de 1911, foi publicada a primeira lista com os Monumentos Nacionais, em que se incluíam o Convento do Varatojo, a Igreja de São Pedro e a Ermida de Nossa Senhora do Amial.  Entrando mais concretamente no tema da palestra, sublinhou a importância da Lei de Bases do Património Cultural, - Lei nº 107/2001, de 8 de Setembro, a qual define como “património cultural” “ todos os bens que, sendo testemunhos com valor da civilização ou de cultura portadores de interesse cultural relevante, devem ser objecto de especial protecção e valorização”. Uma das formas de o fazer é classificar o património edificado, quer seja monumento, conjunto ou sítio – e é o Decreto-Lei nº. 309/2009,de 23 de Setembro, que define os procedimentos para classificação dos bens imóveis. Prosseguindo, o palestrante fez uma abordagem sistematizada de todos os monumentos torrienses que foram objecto de classificação, enumerando-os de acordo com o grau de importância. Primeiro, os Monumentos Nacionais de Torres Vedras. Com características religiosas: Igreja de São Pedro, Trechos românicos da Igreja de Santa Maria do Castelo, Ermida de Nossa Senhora do Amial e Convento de Varatojo; património de arquitectura Civil: Aqueduto (seculo XVI), Chafariz dos Canos, Castro do Zambujal Tholos do Barro e Gruta da Ermegeira. Depois, os Imóveis de Interesse público: Grutas da Maceira, Castro da Fórnea, Ruinas do Convento de Penafirme, Ermida do Sirol, Igreja de Dois Portos, Igreja de Matacães, Santuário do Senhor do Calvário, Quinta das Lapas, Asilo dos Inválidos Militares de Runa, Castelo de Torres, Capela e Forte de São Vicente, Igreja e Convento da Graça, Igreja de Santiago, Igreja do Turcifal, Igreja da Freiria, Povoado e Capela da Serra do Socorro, Estancia Termal dos Cucos e Azenha de Santa Cruz. Finalmente, os Imóveis de Interesse Concelhio: Casa solarenga da Quinta do Juncal e Casa da Quinta Nova, ambos em Matacães. Moedas Duarte terminou a sua palestra com este conselho: “A melhor forma de defender o nosso património cultural é conhece-lo melhor”. 
Já no final, o autor referiu-nos que se encontram em fase de apreciação para possível classificação, o conjunto das fortificações das Linhas de Torres Vedras.  O Solar da Quinta Velha do Espanhol já foi classificado como Imóvel de Interesse Concelhio.

(Joaquim Cosme)




16 fevereiro 2019

Requalificação da Praça Machado dos Santos ("Praça da batata")


Página "PATRIMÓNIOS" no "BADALADAS"  -  15 Fevereiro 2019  


Requalificação da Praça Machado dos Santos  
                                                     
ALGUNS PARÂMETROS PARA UMA INTERVENÇÃO

Face ao desafio que a Câmara Municipal lançou recentemente aos munícipes, a ADDPCTV, reflectindo sobre o assunto, achou por bem apresentar as seguintes considerações:

    É essencial repor as árvores

A Praça da Batata, nome por que é também conhecida entre os autóctones a Praça Machado dos Santos, por ali se ter realizado há algumas décadas atrás, uma feira mensal dedicada à comercialização daquele tubérculo, é, tal como hoje existe, um espaço relativamente recente na história urbana de Torres Vedras. As mais antigas cartas topográficas conhecidas representam aquele espaço de forma diversa e pouco rigorosa desconhecendo-se com exactidão a época em que o actual espaço foi definido. No último século a praça tem acolhido várias funções, desde o abastecimento de água através de um poço público coberto, à realização da já referida feira, à construção de um Posto de Transformação de electricidade alta tensão, para servir a Fábrica A da Casa Hipólito - de que muitos ainda se lembrarão. O último arranjo ocorreu nos anos 90, com a demolição do PT, a repavimentação em calçada portuguesa e a construção dos obsoletos assentos em cimento que rodeavam as árvores ali plantadas, cujo corte não foi pacífico.

1 – INTERVENÇÃO ARQUEOLÓGICA

                   Planta do poço coberto - escavações arqueológicas de 1996


Em 1996 a demolição do PT revelou a existência de um poço de cúpula, para surpresa de grande número de torrienses, pois que só os mais velhos (muito poucos) se lembravam da sua existência.
 O referido poço, logo tapado por razões de segurança, acicatou a nossa curiosidade, pelas suas dimensões, características construtivas e situação no centro da praça, pelo que solicitámos autorização para fazer uma curta intervenção arqueológica, em Setembro desse ano. Essa escavação revelou a existência de algumas estruturas de épocas anteriores – muros e lajeado – em volta do poço, que revelavam uma ocupação anterior e, consequentemente, uma diferente definição daquele pequeno largo, designado em documentos antigos como Largo de SãoThiago.
Destes trabalhos, entretanto suspensos, não sem alguma polémica, foram elaborados relatórios pela ADDPCTV e pelo Museu Municipal, sendo o reduzido espólio entregue a este.
Nas conclusões de então ficou expresso o propósito de que em futura ocasião se pudessem completar tais trabalhos, com mais tempo e método, incluindo a prospecção do fundo do poço, pois poderia conter no seu interior objectos de valor arqueológico.
Assim, a primeira questão que colocamos no presente projecto é precisamente o retomar da prospecção arqueológica interrompida, o que trará contributos para história urbana, para além da sempre possível descoberta de achados arqueológicos. Sublinhe-se, no entanto, que qualquer intervenção arqueológica deve ser articulada com a Direcção Geral do Património Cultural, dado que o espaço faz parte da zona de protecção da Igreja de Santiago, recentemente classificada como Imóvel de Interesse Público.

2 – DESENHO URBANO

O desenho urbano, propriamente dito, não necessita de qualquer alteração.
Trata-se da única praça da zona histórica com uma planta rectangular perfeitamente definida, um espaço de tranquilidade por excelência, pelo que defendemos a não inclusão de quaisquer estruturas fixas de mobiliário urbano, que condicionem o espaço.
Considera-se, assim, que este deverá:
 - Permanecer o mais livre possível, possibilitando uma utilização diversificada, como a realização de algumas acções de animação cultural de carácter efémero (p. ex. a feira rural).
- Ser vocacionado para zona de estar/lazer, com esplanadas – em vez de estas se situarem nos arruamentos, tal como hoje se pode ver nas suas imediações – através de negociação com os comerciantes locais já instalados.
Neste sentido, importa:
- Retirar os inestéticos bancos circulares, que têm demasiada presença e destroem a harmonia do espaço livre.
E sobretudo,
- Proceder à rearborização da praça, dotando-a de espécies arbóreas idênticas às anteriores ou equivalentes em escala. A criação de zonas de sombra tornará o espaço mais aprazível e convidativo para o lazer. Por outro lado, a presença das árvores, desde que não abusiva, será suficiente para animar visualmente um espaço sóbrio, pelas características cenográficas da envolvente construída – alçados simples e sóbria fachada da igreja. 

3 – REABILITAÇÃO DOS ALÇADOS DA BANDA SUL

    Casas da banda sul a necessitar de reabilitação

Um outro aspecto que consideramos da maior importância nesta acção de requalificação urbana é o da valorização da imagem degradada dos edifícios da banda sul do largo. Estas construções, com tipologia tradicional de dois pisos, encontram-se rebaixadas (pelo alteamento do piso exterior) não se afigurando como passíveis de uma reutilização contemporânea que valorize a praça, pelo seu estado de ruína e fraco valor arquitectónico. Apenas um dos edifícios, que foi pertença da Santa Casa, revela algum carácter pela sua fachada. Defende-se, por isso, a reconstrução dentro de parâmetros aceitáveis de relação com a envolvente, mantendo a escala e a atmosfera do largo, sem aumento de pisos, e sem tentações estilísticas modernaças, antes se recomendando uma intervenção o mais neutra possível. Seria ainda interessante que as novas construções fossem adequadas a actividades de restauração.


A direcção da ADDPCTV





15 fevereiro 2019

O que fazer com estas Memórias? A obra de Madeira Torres tem duas partes. Falta publicar a Parte económica

PATRIMÓNIOS NO "BADALADAS" - 2 E 3 Parte económica do livro de Madeira Torres e Património Industrial de Torres Vedras




O que fazer com estas Memórias?

 A obra de Madeira Torres tem duas partes. Falta publicar a Parte económica



A transmissão das memórias colectivas de uma geração para as seguintes permite que os acontecimentos do passado possam ser reavaliados no presente e perspectivem a acção humana no futuro. Afinal é essa a Missão fundamental da História.
Terá sido imbuído dessa consciência, e seguindo a prática em voga no meio cultural do século XIX, que Manuel Agostinho Madeira Torres apresentou à Academia Real das Ciências de Lisboa, o texto intitulado Descripção Historica e Economica da Villa e Termo de Torres Vedras, aceite e publicado em 1819 no Tomo 6º, parte 1ª, das Memorias daquela instituição.
Volvidos alguns anos, o autor vê a mesma Academia autorizar para que seja impresso o texto que constitui a vulgarmente conhecida Parte Economica, publicado no Tomo XI, parte II, no ano de 1835. Dessa forma completava o autor a sua obra apresentando significativos dados (alguns com precisão quantificada) relativos à população e aos sectores económicos em desenvolvimento no espaço geográfico-administrativo do concelho – agricultura, indústria e comércio.




No século XX, a importância da História local foi ganhando mais consistência nos meios académicos e nos planos curriculares do ensino básico e secundário. O estudo do património local nas suas várias acepções, bem como a utilização de fontes históricas locais na produção de trabalhos de investigação, ganhou maior fôlego. As publicações aumentaram. A divulgação esteve ao serviço da memória colectiva.

No ano de 1988, por iniciativa da Santa Casa da Misericórdia de Torres Vedras, sai a público a  “Parte Histórica” da obra de Madeira Torres. Trata-se de uma edição fac-similada da 2ª edição produzida pela imprensa da Universidade de Coimbra, datada de 1862, e contendo as utilíssimas anotações de dois torrienses – José António da Gama Leal e José Eduardo César de Faro e Vasconcelos.
Estas anotações não ficaram apenas pela Parte Histórica do texto de Madeira Torres. Também se alargaram substancialmente aos conteúdos da Parte Economica, acrescentando informações actualizadas aos tempos da segunda metade do século XIX. Infelizmente, até aos dias de hoje, esse manuscrito continua sem conhecer a divulgação impressa. A obra completa de Madeira Torres continua assim amputada do conhecimento alargado que merece. É certo que poderemos consultar, graças à tecnologia, os sítios da internet que digitalizaram e disponibilizam os textos iniciais do autor torriense. Mas não seria um serviço público à memória colectiva se esta parte económica, mais enriquecida, fosse igualmente publicada e que finalmente o desígnio de se apresentar a Descripção Historica e Economica da Villa e Termo de Torres Vedras se concretizasse?
No ano de 1987, os membros do Conselho Pedagógico decidiram propor como patrono da então Escola Secundária de Torres Vedras o nome de Manuel Agostinho de Madeira Torres. Fizeram-no tendo em conta o seu papel de homem de cultura e o valor da obra para a História Local torriense. Hoje, no século XXI, a comunidade escolar que faz parte de Agrupamento de Escolas Madeira Torres persiste em identificar-se com essa memória.
No passado dia 27 de Janeiro de 2019 decorreram 183 anos após o falecimento de Madeira Torres, na sua residência, na actual Rua Mouzinho de Albuquerque, em Torres Vedras.
Por que não honrar a sua memória, partilhando com os torrienses a publicação do manuscrito anotado da segunda parte da sua obra?

Manuela Catarino





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PATRIMÓNIO INDUSTRIAL, MEMÓRIA DO TRABALHO 

PRODUTIVO

Uma ideia estimulante para a nossa reflexão é a que Françoise Choay propõe, ao denunciar o que classifica como a fetichização do património, expressa em duas formas contraditórias de o olhar: de um lado a perspectiva passadista e nostálgica, resistente à articulação integradora entre o antigo e o novo; do outro a visão progressista que reduz o património preservado a objecto de museu [1].
A contradição radica na própria ambiguidade do conceito de Património que se alargou exponencialmente a todas as áreas da actividade humana[2]. Daí a necessidade de reafirmar a abordagem histórico-sociológica que articule, simultaneamente, os valores do tempo longo (dimensão maior da História) e do tempo curto (vivências quotidianas), de modo a que o conceito de Património reassuma a dimensão de portador de consciência histórica e de memória das comunidades humanas.
Uma das áreas mais recentes da tendência patrimonializadora é a do Património Industrial que ganhou expressão sobretudo depois da 2ª Guerra Mundial. Aqui, a carga histórica do tempo longo cede à verificação do imediato, marca da contemporaneidade. Emergem as memórias de quotidianos recentes, símbolos de um presente que se extingue debaixo dos nossos olhos, induzindo valores importantes como o turismo cultural de crescente expressão económica e a reutilização criteriosa e criativa de antigas instalações fabris.
Quando a “Casa Hipólito” ou a “Fundição de Dois Portos” – indústrias locais de Torres Vedras que prosperaram no séc XX – se afundam na falência e fecham as portas, tal significa o apagamento súbito de um passado recente cuja memória urge preservar para que as novas gerações entendam as razões do vazio sócio-económico que se instalou numa cidade subitamente órfã da sua prosperidade.
A Carta de Nizhny Tagil sobre o Património Industrial, aprovada em 2003, bem como a sua extensão nos chamados “Princípios de Dublin”, de 2011, mostram como estas preocupações locais têm dimensão internacional. Tais documentos apontam para metodologias de identificação, inventário e investigação, indispensáveis para a valorização e preservação deste Património, cada vez mais presente em múltiplas formas de apresentação e interpretação garantidas pelos poderes públicos articulados com as comunidades locais.
Acredita-se que esta saída cultural – preservação dos vestígios físicos acompanhada de uma narrativa histórica esclarecedora – constitua uma mais-valia face à rápida modificação das condições da vida económica, portadora, muitas vezes, de sofrimentos e frustrações. Vemos hoje um Museu do Pão, em Seia, que contrapõe à uniformizada industrialização panificadora a memória de antigas formas de moer e fabricar. Multidões saudosas de antigos sabores e odores invadem aquele espaço e regressam a um passado que ainda há pouco era o seu próprio presente.
E mais ao sul, o Museu do Trabalho Michel Giacometti, em Setúbal, mostra os antigos processos da indústria conserveira, em que nos parece ver ainda os vultos dos homens e das mulheres que ocupavam as linhas de produção, ao som de apitos estridentes.
Esta valorização do Património Industrial – cujos exemplos se têm multiplicado de norte a sul do país desde há duas décadas - é, em si mesma, a consagração do bem mais duradouro da História, o trabalho humano, mostrado como processo, como sofrimento, como superação, como riqueza. Aqui, Património já não é Monumento, símbolo de poder, afirmação de elites ou linhagens. É imagem do Homem que, em sociedade, se eleva acima da estrita sobrevivência individual. Por isso a preservação do Património Industrial é indispensável para a persistência da memória histórica desse longo caminho em que, como dizia M. Vieira Natividade, ilustre patrimonialista alcobacense, “o homem fez a indústria e a indústria fez o homem”.

Joaquim Moedas Duarte


[1] Françoise Choay – As questões do Património – Antologia para um combate, Edições 70, Lisboa, 2011.
[2] Dominique Poulot – “La multiplication des patrimoines”, Patrimoine et musée. L’institution de la culture, Paris, Hachette, 2001. 







PATRIMÓNIOS NO JORNAL "BADALADAS" - 1



Em 4 de Janeiro iniciámos nova série da rubrica PATRIMÓNIOS no semanário torriense BADALADAS.




CONTINUAR

Desde 2010, a Associação do Património de Torres Vedras mantém este espaço no
BADALADAS, com uma regularidade pendular de três em três semanas.
Passou por várias fases, cada uma delas organizada em torno de um tema central. Abordaram-se questões relacionadas com o Centro Histórico torriense, uma preocupão constante da nossa parte: razões do seu progressivo despovoamento, descaracterização, atentados urbanísticos, crise do comércio tradicional, hiteses de revitalizão. Depois, deu-se lugar às memórias de quem viveu no Centro Histórico, testemunhos vividos e relatados pelos próprios, numa revisitação de lugares e pessoas. Por último, de Agosto de 2016 a Novembro de 2018, o tema foi “Torrienses
na Grande Guerra 1914 -1918” – um total de 40 crónicas, publicadas em livro na passada semana.
Novo ciclo se perfila. Era nossa intenção iniciar, desde já, a abordagem centrada no espaço concelhio exterior à cidade – as nossas vilas e aldeias. Contudo, razões de ordem prática aconselham a adiar o projecto por uns meses.
Mas o PATRINIOS, como presença nestas ginas, vai continuar. Há sempre temas a tratar, acontecimentos a sublinhar, sugestões a fazer, opiniões a divulgar.





VALORIZAÇÃO DO CASTRO DO ZAMBUJAL

O castro é uma das jóias da coroa do nosso Património edificado. Há muito que se exigia uma intervenção de fundo, que o protegesse e valorizasse.
A Associação do Património contribuiu com estudos, ideias e sugestões, por isso as obras que agora se concluíram eram aguardadas por nós com grande expectativa. No essencial, ela não foi defraudada e, com isso, muito nos congratulamos. Mas o trabalho não está concluído, evidentemente. Por ora, consideramos que é de relevar o trabalho feito: consolidação das estruturas pétreas, passadiços de madeira, painéis informativos, limpeza do casal saloio, arrumação das muitas pedras que por ali andavam espalhadas, constrão de pequeno edifício com sanitários e primeira fase do alargamento e pavimentação do parque de estacionamento. Aguardamos, agora, a fase seguinte: crião de um Centro Interpretativo, construção de uma plataforma elevada, para observação que possibilite visitas seguras e impeça a deambulação de visitantes sobre a parte mais significativa do monumento e continuação das escavações. Como é próprio das estões arqueológicas, há ainda muito a procurar, investigar, estudar.

PUBLICAÇÕES

Esta Associação tem vindo a fazer um esforço considerável na edição de textos de divulgação
do nosso Património. Recordamos aos nossos leitores que há um ano foi publicado o livro sobre a Casa Hilito e, na passada semana, o nº 1 dos CADERNOS DO PATRINIO.
Adquirir estes livros é uma forma de apoiar o trabalho da Associação e, ao mesmo tempo, de
divulgar o nosso Património Cultural.

(À venda na Papelaria União e na Gráfica Torreana)