29 junho 2011

OS MARAVILHOSOS AZULEJOS DO CLAUSTRO DO CONVENTO DA GRAÇA - TORRES VEDRAS

Os boieiros...



Os almocreves...
São pormenores do vasto painel sobre a vida de Frei Aleixo de Meneses.
O Museu Municipal de Torres Vedras organiza visitas guiadas para leitura integral deste belíssimo património azulejar. Ver AQUI.
A qualidade dos desenhos e os pormenores da vida quotidiana permitem-nos ter uma visão fiel da vida em Portugal no século XVIII.

Sobre o Convento da Graça existe um bom estudo:
O CONVENTO DA GRAÇA DE TORRES VEDRAS - A comunidade eremítica e o património, Paula Correia da Silva, LivrodoDia Editores e Câmara Municipal de Torres Vedras, Torres Vedras, 2007.

25 junho 2011

CONVENTO DO VARATOJO - Um serão musical e algumas fotos



 
Claustro

Hoje, dia 25 Junho, com início às 21 h30, o con­vento do Varatojo abre as suas portas para acolher todos aqueles que queiram viver uns momentos de paz interior, escu­tando dois coros que apresentarão alguns números de seus ricos reportórios. Em espírito de colaboração recíp­roca, o Coro ForuMúsica/LNEC, de Lisboa, sob a re­gência do maestro Jorge Resende, e o Coro Municipal da Lourinhã, orientado pelo maestro João Pereira, apre­sentarão um reportório musical rico e variado, no qual abundam o "Espiritual Negro" e peças de autores clás­sicos, como Dom Pedro de Cristo, F. Lopes Graça, Gio­vanni Palestrina, Franz Schubert, Giuseppe Verdi e ou­tros. O concerto realiza-se na igreja do Convento de Varatojo, com entradas livres.
(notícia retirada do “Badaladas” de 24/6)

Escadório de entrada

A velha glicínia do claustro

Glicínia secular

Fotos: J. Moedas Duarte

23 junho 2011

OS NOSSOS PROJECTOS


Frontão na entrada do Convento do Varatojo, Torres Vedras

Este ano não podemos participar na Feira de S. Pedro,  onde estivemos em 2009 e 2010 . Para o ano voltaremos, assim esperamos. Mas não estamos parados.
PROJECTOS EM PREPARAÇÃO / EXECUÇÃO :

1.      TORRES VEDRAS, MEMÓRIAS DO SÉCULO XX: recolha de depoimentos orais, fotografias, notícias de jornal...; reconstituição do tecido comercial da zona histórica ( as lojas que ali existiram...)

2.      CENTRO INTERPRETATIVO DA PORTA DA CORREDOURA: aproveitamento da loja onde estão os vestígios da muralha de Torres Vedras para um centro interpretativo do que seria a Porta medieval da Corredoura e sua articulação com o Chafariz dos Canos, oficina de ferrador e de albardeiro ( que ainda há poucos anos ali existiam...). Loja com artigos de artesanato relacionados com aquele espaço, miniaturas do chafariz, postais, etc.

3.      VIVA HISTÓRIA: Organização de visitas guiadas, com percursos históricos no Oeste; disponibilidade deste serviço junto dos agentes turísticos.

4.      AO ENCONTRO DA HISTÓRIA: sessões públicas, com PowerPoint's a pedido de pessoas interessadas, sobre:

                                      - Linhas de Torres Vedras
                                     - Monumentos de Torres Vedras
                                     - A arte de moer: moinhos e azenhas
                                     - A nossa História escrita: Livros de História Torriense

5. PATRIMÓNIOS: publicação de artigos sobre o nosso Património no jornal Badaladas, de três em três semanas.
6. PATRIMÓNIO NA RÁDIO: programas sobre o nosso património na Rádio Oeste, com música escolhida.


10 junho 2011

PATRIMÓNIOS 11

Publicado no BADALADAS de 10 de Junho 2011

Actividade comercial no Centro Histórico -
como ultrapassar alguns constrangimentos  (III Parte)

FERNANDO JORGE FABIÃO  ( Jurista )

O Centro Histórico não pode ser isolado, como uma ilha, do resto da cidade. Não faz sentido pensar numa realidade exemplar, na conservação do património e na vitalidade da sua actividade comercial, sem que o resto da cidade obedeça aos mesmos valores. Não faz sentido qualificar uma determinada zona da cidade e ao mesmo tempo permitir um ritmo de construção perto dessa área que, pela falta de qualidade da arquitectura e dimensões da edificação, contrarie essa qualificação.
O ponto de partida deve ser a aplicação de vários princípios que têm sido amplamente debatidos ao longo dos anos e que apesar do seu aparente lugar-comum, não deixa de fazer sentido.

1.     A recuperação do Centro Histórico deve assentar num processo de reabilitação auto-sustentável, com necessária mobilização do investimento privado. Esse investimento passa pela diversidade da oferta de estabelecimentos comerciais cujas regras de instalação foram abordadas nos artigos anteriores. O investimento público deverá dirigir-se para uma actuação nos espaços públicos e eventuais edifícios municipais. Mas tendo sempre presente que o espaço público não é apenas um lugar de materiais, de bancos, casas, candeeiros, é um lugar ocupado por pessoas e famílias que o habitam.

2.     A revalorização da propriedade urbana no Centro Histórico deverá contribuir para que este readquira uma centralidade própria. A defesa dessa centralidade resulta dos valores que para os seus habitantes assumam um carácter emblemático, como a organização do seu espaço visual, o sistema de vistas e a atenção pelo significado simbólico de todo o património construído. Os atributos de beleza, clareza, coesão e memória devem constituir a matriz daquilo a que poderia designar como «qualidade».

3.     A profunda crise económica e financeira que o País atravessa, talvez incentive uma nova prática por parte do poder político, das empresas e dos cidadãos em geral, face ao urbanismo. No sentido em dar mais importância à recuperação do património construído e à necessidade da pequena intervenção.

4.     Devemos aprender com algumas soluções que foram encontradas noutros pontos do País, como é o caso de Guimarães; mas devemos igualmente evitar cair nalgumas tendências muito em moda, que fazem do objecto construído ou do território a restaurar, um puro objecto de design isolado da sua contextualização histórica e simbólica. Existe, neste último caso, a afirmação de um novo academismo em que uma certa arquitectura se compraz, feito da inevitável aliança com o poder político da ocasião.