MAIS VIDA NO CENTRO HISTÓRICO



Após a conclusão do ciclo de debates, disponibiliza-se aqui um documento que procura fazer a síntese das cinco sessões com temáticas distintas em torno da revitalização do Centro Histórico:

(PDF)
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A Associação do Património de Torres Vedras vê com preocupação a crescente crise que atinge o Centro Histórico da nossa cidade e tem procurado intervir na procura de soluções. Com esta iniciativa a ADDPCTV pretende atrair o contributo dos cidadãos interessados na revitalização do Centro Histórico, que como se sabe passa atualmente por um processo de requalificação através do programa “Torres ao Centro”.
Para além das terminologias usadas interessa fundamentalmente perceber em que sentido vai mudar a vida no centro da cidade e qual o papel dos cidadãos nessa mudança? Depois da actual fase (hardware) de reconstrução e qualificação dos imóveis e do espaço público, que projetos (software) existem e qual a sua sustentabilidade futura? Será isto suficiente para trazer mais vida para o Centro Histórico ?
O ciclo de debates contará igualmente com o suporte de um conjunto alargado de reflexões que vêm sendo publicadas no jornal Badaladas, na coluna “Patrimónios”, e cujo teor importa trazer para discussão pública. Partindo da esfera das ideias é também nosso objectivo a apresentação de soluções exequíveis tendo em conta as dificuldades actuais em que se encontra o país e os municípios.

CALENDÁRIO

LOCAL: AUDITÓRIO MUNICIPAL (Av. 5 de Outubro),  Sábados 16 H

10 MARÇO - O papel dos cidadãos na revitalização dos Centros Históricos

24 MARÇO - Espaços devolutos, novos usos culturais e criativos

14 ABRIL - Memórias do Centro Histórico

28 ABRIL - Arquitetura e Urbanismo

12 MAIO - Economia e Inovação Social


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12 Maio | Economia e Inovação Social















(Foto: Moedas Duarte/ADDPCTV)

Neste último debate que encerra o ciclo "Mais Vida no Centro Histórico", o tema a debater será o mais relevante para os comerciantes e outros agentes económicos e sociais sediados no Centro Histórico. As dificuldades sentidas pelo comércio de proximidade geram efeitos nefastos como o encerramento de lojas e serviços, o desemprego ou a desertificação do território. Por outro lado, para além das formas tradicionais de empreendedorismo, importa reconhecer outras possibilidades de criação de valor, designadamente através da Economia Social.

Para facilitar a reflexão em tornos destas questões e articular possíveis estratégias que permitam revitalizar a economia local e assim contribuir também para trazer mais vida ao nosso Centro Histórico, estarão presentes:

Armando Fernandes (Consultor de Negócios)
http://consultoriodenegocios.blogspot.pt/ 
http://itaca-pensamento.blogspot.pt/2008/10/115-formas-de-o-comrcio-tradicional.html

Francisco Rodrigues (Gestor)
http://maisvaletardedoquenunca.blogspot.pt/ 

Mário Reis (Presidente da Direcção da ACIRO)
http://www.aciro.pt/

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28 Abril | Arquitectura e Urbanismo



De que modo a Arquitectura contribui para uma vivência mais plena do Centro Histórico ? Qual o impacto dos projectos de requalificação (obras) do "Torres ao Centro" no casco antigo da cidade? De que modo o planeamento urbanístico pode contribuir para a revitalização da zona e da cidade ? 

Estas são algumas questões de partida que visam debater as relações entre o edificado e as pessoas, entre os espaços e os projectos, num território que se pretende cada vez mais vivido, mais participado e partilhado. 

João Seixas (geógrafo e  urbanista) é orador convidado para debater e apresentar novas visões do urbanismo e das cidades do séc. XXI.


João Seixas é doutorado em Geografia Urbana pela Universidade Autónoma de Barcelona e em Sociologia do Território e do Ambiente pelo ISCTE, com uma tese em torno da governação contemporânea das cidades europeias, com o enfoque analítico na cidade de Lisboa. Licenciado em Economia (UCP, 1989), Mestre em Urban and Regional Planning (London School of Economics and Political Science, 1997).

 «Face à crise, a cidade deve ser estratégica. Governando de forma atenta e pensada, pouco afeita a “vaipes” populistas. Com um verdadeiro planeamento, técnico só depois de estratégico. Sabendo que se vive numa era de transição, com muita desorientação. E, como tal, defendendo princípios sólidos a todo custo: o direito à cidade, ao habitat, à mobilidade, à inclusão social, ao consumo sustentável, ao ambiente, ao empreendedorismo local. Este “a todo custo” não é custo, é investimento. Bem feito, será altamente recompensador no futuro.
Perante a crise, a cidade deve ser democrática. Feita com as pessoas e para as pessoas – de longe o seu maior recurso – retro-alimentando a qualidade de vida e a esperança. Sabendo que o futuro só se fará com a sociedade, não longe dela ou contra ela. Com auscultação, participação e inteligência dialéctica. Com processos como os orçamentos participativos, a Agenda Local XXI, os conselhos de bairro e de cidade. Construindo um urbanismo participativo e de proximidade. Construindo compromissos (diferentes de consensos, palavra sonsa) o que implica ganhos e cadências e, sobretudo, implica responsabilidade para as diferentes partes.»
  Ver aqui texto completo




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14 Abril | Memórias do Centro Histórico



O que é a memória coletiva? Segundo Henry Rousso, “o seu atributo mais imediato é garantir a continuidade do tempo e permitir resistir à alteridade, ao tempo que muda, às ruturas que são o destino de toda a vida humana. Ela constitui um elemento essencial da identidade, da perceção de si e dos outros”.

O Centro Histórico de Torres Vedras não se limita ao exterior, ao edificado, ao que é ou parece “antigo”, percecionado pelos nossos olhos. Ele é também, e sobretudo, as pessoas que o habitam ou que dele têm memória; os que lá trabalham e os que lá vão ocasionalmente; os que o conhecem e contribuem para a sua preservação como forma de defender uma identidade comunitária que atravessa os séculos.


Este é o ponto de partida para o debate, que terá duas intervenções iniciais:


  • Joaquim Moedas Duarte, da Direção da Associação do Património de Torres Vedras, que apresentará publicamente um Projeto de Trabalho da Associação com vista à criação de um arquivo de memórias centrado no Centro Histórico.
  • Profª Filomena Sousa, Coordenadora do Projeto Memoriamedia , socióloga e investigadora de pós-doutoramento IELT - Instituto de Estudos de Literatura Tradicional da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas/Universidade Nova de Lisboa, que falará da sua experiência de recolha e tratamento de dados do Património Imaterial.  





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24 Março | Espaços devolutos, novos usos culturais e criativos
O uso socialmente diverso destes espaços pode originar oportunidades tais como: arrendamento habitacional; projectos no âmbito da economia social; espaços destinados a práticas artísticas, culturais e criativas emergentes; oficinas/loja de artesanato local; locais de ensaio para projectos musicais; acolhimento de novas associações ou grupos informais; projectos temporários...Os convidados desta sessão trazem a sua experiência para em conjunto refletirmos acerca de estratégias colectivas que contribuam para a revitalização do Centro Histórico.

O Arqº José Manuel Lopes e a Dra. Maria Ludovina Cruz (Gabinete do Centro Histórico de Torres Vedras) darão conta do trabalho efectuado por este gabinete na identificação e caracterização de imóveis devolutos.

Carlos Henrich, artista, que em 2101 organizou o projecto "ARTE OCUPA LISBOA, PARIS ... E TAMBÉM hAMBURGO", projecto de residências artísticas multidisciplinares que abordam as diferentes formas de ocupação artística dos centros urbanos, elevando e integrando o aspecto social e arquitetónico, sendo por isso um importante contributo neste debate.  
Participação de Bruno Dumont, artista plástico - co-fundador do colectivo em Paris "59 RIVOLI", Squat consistindo num edifício de 7 andares que após 10 anos foi doado pela Câmara Municipal de Paris ao colectivo que o ocupa exclusivamente para ateliers ABERTOS ao público diáriamente das 13 às 20h com forte efeito social. Escultor de construções habitáveis ecológicas, recentemente participou na "horta do Monte", Travessa do Monte -Graça, em Lisboa, com a escultura "Toilet Sech".

Solicitou-se também a presença e o contributo da plataforma cultural Estufa que realizou recentemente o evento Primavera (Intervenções artísticas em Espaço Devoluto) e do artista Cartier que recentemente participou na residência da Casa Amarela (Porto)


Algumas questões para o debate:
- A existência de casas devolutas/desocupadas é um problema ou uma oportunidade ?
- Como cativar/motivar os proprietários a cederem temporariamente os imóveis para actividades culturais?
- Pode a CMTV colaborar/mediar entre projectos e proprietários ?
- Poderá haver uma "parceria de regeneração urbana" para o uso de imóveis devolutos ?
- De que modo isto contribui para a revitalização da cidade ?

Textos publicados na coluna Patrimónios (Jornal Badaladas):


Casos:
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 10 Março | O papel dos cidadãos na revitalização dos Centros Históricos 

 

Nesta que é a sessão inaugural do ciclo de debates, contaremos com a presença da Eng. Carmen Quaresma (Coordenação da Estrutura de Gestão e Implementação do Torres ao Centro - Unidade de Apoio Técnico) que fará o ponto de situação relativo ao programa, bem como nos dará conta dos resultados do 2º Fórum de Participação Pública do Torres ao Centro.
Serão também convidados a participar no debate movimentos cívicos e cidadãos empenhados na revitalização do Centro Histórico.

Links: