16 dezembro 2009

PORMENORES




As instalações da antiga Cooperativa Agrícola de Torres Vedras (na Rua Santos Bernardes) estão em ruínas. Sobre uma das portas existe um baixo-relevo que merece atenção. É necessáio removê-lo e guardá-lo em lugar seguro - antes que o aluimento da parede o transforme em cacos. Ou que alguém, mais expedito, o recolha para o alpendre da sua vivenda...
Já agora: também as cantarias das portas e postigos deveriam ser guardados.


11 dezembro 2009

MANUEL CLEMENTE: UM HOMEM DO PATRIMÓNIO



(Foto da revista VISÃO, entrevista de 11 de Dezembro de 2008)

Distinguido com o PRÉMIO PESSOA 2009, o bispo do Porto, Manuel Clemente, é um homem da cultura e da defesa do nosso património: foi um dos sócios fundadores da Associação para a Defesa e Divulgação do Património Cultural de Torres Vedras, com a qual continua a colaborar sempre que solicitado.

É o Comissário da Comissão Municipal para as Comemorações dos 200 anos das Linhas de Torres Vedras e, como tal, esteve presente na cerimónia de abertura das comemorações, em 11 de Novembro passado, onde discursou.

Natural desta terra, onde nasceu em 1948, é licenciado em História e doutorado em Teologia Histórica. "Torres Vedras e o seu termo no primeiro quartel do século XIV" foi a sua tese de licenciatura, um marco fundamental da historiografia torriense.

Daqui saudamos efusivamente o nosso consócio por esta distinção.

[Podemos ler aqui um texto de Venerando de Matos, membro da nossa Associação, no seu blogue VEDROGRAFIAS.
Ver AQUI outra referência, no blogue de Miguel Carvalho, jornalista da VISÃO que entrevistou Manuel Clemente há um ano.]

Neste livro o bispo Manuel Clemente reuniu escritos dispersos e destinou o produto da sua venda às obras de restauro da Igreja da Graça, em Torres Vedras.

04 dezembro 2009

A NOSSA ASSOCIAÇÃO NA RÁDIO OESTE




A ADDPCTV já fez rádio há uns anos atrás.
Regressamos a estas lides a partir de Janeiro de 2010.
Na Rádio Oeste, em Torres Vedras.

Estamos a fazer testes, gravações, montagens.
O objectivo é óbvio: falar sobre património / patrimónios.
Dar a conhecer uma Associação que tem trinta anos de vida e que deseja renovar-se.

29 novembro 2009

PORMENOR





A capela da Senhora da Cátedra ( que o povo diz "Cátela") em S. Pedro da Cadeira está pintadinha de fresco e tem de novo o seu óculo à vista. Comprovámo-lo hoje, como se vê na foto.
Diga-se que este óculo de pedra, em forma de estrela, é muito antigo, embora se desconheça a data exacta. Sabemos que a capela foi "FEITA NA ERA DE 1555 ANOS SENDO JUIZ ÁLVARO VAZ DO URMEIRO" - segundo a inscrição que se lê na pilastra do arco triunfal. Mas a fachada exterior é muito posterior, a avaliar pelo lintel da porta principal, característico do século XVIII.

Aqui há uns anos, alguém responsável pela capela resolveu tapar o óculo com uma grelha, provavelmente com a finalidade de evitar a entrada de pássaros e outros bicharocos. A fachada ficou "cega" e feia e assim se manteve alguns anos. Felizmente que houve alguém, atento, que não descansou enquanto não repôs a situação original. Mas agora com um vidro por dentro, que não descaracteriza e evita os indesejáveis.
A preservação do património construído também se faz destes pormenores.

28 novembro 2009

ASSOCIAÇÃO LEONEL TRINDADE: acção meritória a merecer a nossa atenção

Dezenas de pessoas participam na Semana da Ciência e Tecnologia

Paleontólogos por um dia


A ALT - Sociedade de História Natural abriu as portas do Laboratório de Paleontologia e Paleoecologia à comunidade. No sábado, dia 21, os visitantes que se deslocaram ao Polígono Industrial do Amial tiveram a oportunidade de compreender os processos de descoberta, escavação e transporte, bem como os métodos de preparação, limpeza e estabilização a que os ossos de dinossauros e outros fósseis são submetidos, antes da fase de estudo científico.

Compreendida a sequência e as técnicas, os aprendizes de paleontologia foram convidados a participar na preparação de alguns blocos contendo ossos de dinossauros e de tartarugas, usando métodos mecânicos de preparação como canetas percutoras, ultra-sons, entre outros.

Foram ainda observados numa lupa binocular digital ossos de pequenos vertebrados (mamíferos primitivos, embriões de dinossauros, tartarugas, peixes) e plantas fósseis, procedentes do concelho de Torres Vedras e sobre os quais se podem ver delicados pormenores. Esse equipamento permite observar o que acontece aos ossos dos animais e plantas após a sua morte e compreender à lupa as diversas formas de fossilização.
O número de participantes inscritos (42) foi superior ao esperado pelos responsáveis do laboratório, tendo aparecido maioritariamente alunos de escolas e famílias, que ali alargaram os conhecimentos sobre os fósseis descobertos no concelho. Ana Umbelino, vereadora do sector da Cultura da Câmara Municipal de Torres Vedras, foi uma das participantes na visita.

A iniciativa “Laboratório de portas abertas” surge integrada na Semana Ciência e Tecnologia 2009, um evento da Ciência Viva/Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica à qual a ALT - Sociedade de História Natural se associou.

De 21 a 27 deste mês, a Semana da Ciência foi comemorada com colóquios, exposições, cafés de ciência e actividades em laboratórios, envolvendo três centenas de instituições científicas, universidades, escolas, associações, museus e centros Ciência Viva de todo o país e “contribuindo para uma apropriação da ciência pelos cidadãos”.

Perante o interesse demonstrado, a ALT - Sociedade de História Natural pretende agora abrir pontualmente o laboratório, aos sábados, bem como passar a receber visitas de escolas de Torres Vedras e concelhos limítrofes.

As iniciativas irão sendo divulgadas em http://www.alt-shn.blogspot.com/.

[Notícia retirada do jornal BADALADAS de 27 NOV 2009]


(Foto tirada do blogue da ALT: http://alt-shn.blogspot.com/)

Em Dois Portos - Fonte histórica vandalizada


(Foto da notícia)

Destacamos esta pequena notícia no BADALADAS desta semana:

http://www.badaladas.pt/site/php/noticia.php?ide=2812&idr=300002&idn=27



Nas últimas semanas o riquíssimo património da freguesia de Dois Portos tem sido seriamente devastado e os furtos e actos de vandalismo parecem não terminar, pois agora foi a vez da pedra de armas da bonita fonte dos Morgados, na Patameira, edificada em 1638 nas imediações da serra do Socorro, próximo às ruínas da estalagem da Malaposta, onde durante a defesa das Linhas de Torres Vedras se instalou o general Cole.

O fontanário foi vandalizado, a cruz de pedra partida para extorquir o brasão do morgado da Patameira, que acabará certamente vendido numa feira ou antiquário a qualquer novo-rico que o colocará numa esquina duma casa, desprezando 400 anos de História.

A propósito deste monumento merece aqui destaque uma notícia de há cerca de 60 anos assinada por J. M. Cordeiro de Sousa, que podia ainda ser muito actual caso não fossem os amigos do alheio.

“Junto às ruínas de uma antiga muda, no sopé do alteroso monte a que o povo dá o nome de serra do Socorro e dele separado pela velha estrada de Lisboa, larga e empedrada (recentemente alcatroada)... ergue-se um pitoresco casal com suas casas de assistir, tendo a par uma pequena fonte onde se destacam as armas dos Oliveiras e dos Mirandas, encimadas por uma cruz com as iniciais de Jesus, Maria e José e por baixo a seguinte inscrição: LLVIS FRco DE OLIVEIRA DE MIRANDA E DONA LVIZA DE TAVORA SORS DOS MORGADOS DOLIVEIRA E MIRDa MÃODARÃO FAZER ESTA FOMTE ACABOV SE EM OVTVBRO 1638 – MANOEL NVNES PEDREIRO A FES “.
Luís Francisco de Oliveira Miranda era filho de Martim Afonso de Oliveira e Miranda, senhor do morgadio da Patameira, instituído por volta de 1400 por Martim Afonso da Charneca.

Miguel Vasconcellos Guisado


Todos somos poucos para proteger o nosso património construído.

19 novembro 2009

ATENTADO AO PATRIMÓNIO TORRIENSE




As imagens mostram bem o que se está a passar no Largo 25 de Abril, junto ao Convento da Graça, em Torres Vedras. Os gerentes de um "bazar chinês", que vai abrir brevemente, não estiveram com meias medidas: um enorme painel a dez metros da fachada de um edifício classificado como Imóvel de Interesse Público.

O que diz a lei sobre protecção dos monumentos nacionais?

Artigo 43.º da Lei nº 107 / 2001, de 8 de Setembro


Zonas de protecção
1 - Os bens imóveis classificados nos termos do artigo 15.º da presente lei, ou em vias de
classificação como tal, beneficiarão automaticamente de uma zona geral de protecção de 50 m,
contados a partir dos seus limites externos, cujo regime é fixado por lei.
2 - Os bens imóveis classificados nos termos do artigo 15.º da presente lei, ou em vias de
classificação como tal, devem dispor ainda de uma zona especial de protecção, a fixar por
portaria do órgão competente da administração central ou da Região Autónoma quando o bem
aí se situar.

3 - Nas zonas especiais de protecção podem incluir-se zonas non aedificandi.

4 - As zonas de protecção são servidões administrativas, nas quais não podem ser concedidas
pelo município, nem por outra entidade, licenças para obras de construção e para quaisquer
trabalhos que alterem a topografia, os alinhamentos e as cérceas e, em geral, a distribuição de
volumes e coberturas ou o revestimento exterior dos edifícios sem prévio parecer favorável da
administração do património cultural competente.

5 - Excluem-se do preceituado pelo número anterior as obras de mera alteração no interior de
imóveis.

Sabemos que o serviço de fiscalização da Câmara Municipal já foi alertado. Ficamos à espera da solução...

10 novembro 2009



A ADDPCTV constituiu um grupo de trabalho para a elaboração de uma rubrica quinzenal no jornal regional de Torres Vedras, Badaladas. O projecto consiste em publicar textos de divulgação histórica sobre este período histórico e teve início em Janeiro de 2008.

Até à presente data foram publicados os seguintes textos, que podem ser lidos AQUI



Nº - Data -  Título -  Autor


1 25-01-08 Manter viva a memória | J. Moedas Duarte

2 15-02-08 Guerra Peninsular | Carlos Guardado

3 29-02-08 Napoleão | J. Travanca Rodrigues

4 14-03-08 França e Inglaterra em confronto | J. Travanca Rodrigues

5 28-03-08 Guerra Peninsular: Porque é que Portugal se viu envolvido | J. Moedas Duarte

6 11-04-08 A 1ª Invasão Francesa | Graça Mira

7 25-04-08 A 2ª Invasão Francesa | Mª Guilhermina Pacheco

8 09-05-08 A 3ª Invasão Francesa | Manuela Catarino

9 23-05-08 Jacinto Correia, um herói popular | Ten. Cor. Abílio Lousada

10 13-06-08 “Brilos”: um enigma histórico | Pedro Fiéis

11 27-06-08 A batalha de Dois Portos | Venerando A de Matos

12 18-07-08 A batalha da Roliça | Pedro Fiéis

13 25-07-08 O príncipe Regente D. João comunica a passagem da família real para o Brasil | José Ermitão

14 01-08-08 Doutrinas militares em confronto na Guerra Peninsular: os Franceses | Pedro Fiéis

15 15-08-08 Doutrinas militares em confronto na Guerra Peninsular: os Ingleses | Pedro Fiéis

16 22-08-08 A batalha do Vimeiro | Pedro Fiéis

17 12-09-08 As denúncias contra os partidários dos franceses | José Ermitão

18 26-09-08 As aguadeiras do exército francês | Pedro Fiéis

19 10-10-08 A conspiração do Porto [1]  | João Flores Cunha

20 24-10-08 A conspiração do Porto [2] | João Flores Cunha

21 14-11-08 Manifesto de declaração de guerra à França | José Ermitão
   
        28-11-08 1º Suplemento “Bicentenário Inv. Francesas” | Vários

22 12-12-08 A Comemoração do 1º centenário da Guerra Peninsular | Célia Reis

23 02-01-09 Marrocos e a 1ª Invasão Francesa | José Ermitão

24 16-01-09 História e Literatura de ficção. As Aventuras de Richard Sharpe, um herói no tempo das guerras napoleónicas | Manuela Catarino

25 30-01-09 Continuar a manter viva a memória | J. Moedas Duarte

26 13-02-09 Revolta populares no Algarve contra os franceses de Junot | Henrique Vieira

27 27-02-09 Simão J. da Luz Soriano, historiador…(1) | José Ermitão

28 20-03-09  Simão da Luz Soriano, historiador... (2) | José Ermitão

29 03-04-09 Dias 1 e 2 de Maio: Visita guiada a Almeida… | J Moedas Duarte

30 24-04-09 Um correspondente de guerra na Seg Invasão | Pedro Fiéis

31 15-05-09 Almeida e Buçaco: notas de viagem | Manuela Catarino

32 29-05-09 A “protecção britânica”: duas cartas de lord Wellington | José Ermitão

33 12-06-09 1809: Segunda Inv Franc. Cronologia… | J. Moedas Duarte

34 26-06-09 A 2ª Inv francesa (1) As instruções e a realidade | José Ermitão

35 10-07-09 A 2ª Inv Francesa (2) Tudo vai ser diferente | José Ermitão

36 07-08-09 A 2ª inv Franc (3) Às armas, portugueses, às armas! | José Ermitão

       14-08-09 2º Suplemento “Bicentenário Inv. Francesas” | Vários

37 28-08-09 Um outro lado das Invasões francesas nas Memórias do Marechal Soult | Manuela Catarino

38 11-09-09 A 2ª Inv franc Dos anónimos ao brigadeiro Silveira | José Ermitão

39 25-09-09 A 2ª Inv franc Pormenores importantes | José Ermitão

40 09-10-09 Um cirurgião na frente de batalha:Dominique Jean Lerrey | Manuela Catarino

41 30-10-09 A decisão do Duque de Wellington em 1809 | Venerando de Matos

30 ANOS AO SERVIÇO DO PATRIMÓNIO


O QUE FIZEMOS?

Estudámos, investigámos, divulgámos
Montámos exposições
Organizámos debates
Escrevemos na imprensa local
Apresentámos propostas
Emitimos pareceres
Denunciámos irregularidades
Participámos em iniciativas locais
Editámos materiais impressos
Unimos esforços com outras associações

QUE ESTAMOS A FAZER?

Reunimos regularmente na nossa sede onde
Debatemos formas de pôr em prática o Plano de Acção aprovado na última Assembleia Geral

LINHAS DE ACÇÂO


  • Participar no Órgão Executivo da Comissão Municipal para as Comemorações dos 200 anos das Linhas de Torres Vedras


  • Disponibilizar um Serviço de Divulgação Histórica sobre a Guerra Peninsular / Linhas de Torres Vedras


  • Continuar a publicação no jornal regional de Torres Vedras, BADALADAS, da rubrica "Bicentenário das Invasões Francesas", que teve início em Janeiro de 2008 e de que se publicaram 41 artigos e dois Suplementos de 4 páginas


  • Incentivar a criação de Núcleos de Defesa do Património nas Escolas


  • Elaborar materiais gráficos para lugares de interesse patrimonial


  • Promover acções de formação para guias turísticos


  • Prestar serviços de apoio ao turismo cultural


09 novembro 2009

ABERTURA



A Associação para a Defesa e Divulgação do Património Cultural de Torres Vedras foi fundada em 1979. Os seus objectivos estão resumidos na própria designação.


Que tem feito ao longo dos trinta anos da sua existência?

Para muitos, não tem feito nada. Para alguns, mais informados, tem estado presente quando e onde tem sido necessário.


Os muito críticos gostariam de ver circo mediático, acções espectaculares, gritaria nas ruas.

Os outros, sabem que há formas mais sensatas e eficazes de agir.

De qualquer forma, as Assembleia Gerais são sempre pouco concorridas, apesar dos 150 sócios existentes. Participar, intervir, dispor-se a colaborar continuada e regularmente, dá trabalho...


Durante muitos dos trinta anos passados, a ADDPCTV sobreviveu devido à persistência de uns poucos que teimaram em manter as portas abertas, resistindo à indiferença da maioria dos fundadores e dos aderentes iniciais que não souberam ou não quiseram dar o seu contributo.


A sua perseverança não foi em vão. A ADDPCTV está hoje viva e actuante em diversas frentes e prosseguirá um caminho de renovação com garantias de futuro.