Um dia grande para a Cultura portuguesa.
Ver aqui: http://www.publico.pt/Cultura/o-fado-ja-e-patrimonio-mundial-1522758
Bem sabemos que o Fado é um repositório de contradições. Se foi canção nacional no tempo da Ditadura fascista e, como tal, funcionava como uma espécie de anestesiante social, a verdade é que ganhou uma dimensão cultural indesmentível a partir da renovação das letras e dos intérpretes, iniciada ainda com Amália e prosseguida com nomes como Carlos do Carmo e Ary dos Santos e toda a gama de fadistas e autores das gerações mais novas.
O Fado é Património Imaterial da Humanidade a partir de hoje.
.........................................................
PATRIMÓNIO IMATERIAL, O QUE É
Jornal Público, Cláudia Carvalho
Proteger o património e as tradições que tornam cada país diferente e único no mundo foi o principal objectivo que esteve na base da criação da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) da classificação de Património Imaterial da Humanidade. Hoje, Portugal não tem nenhum bem inscrito nesta lista, mas tem 14 inscritos na lista de Património Mundial.
As primeiras preocupações começaram em 1972, quando, depois da Convenção para a Protecção do Património Mundial, Cultural e Natural, alguns países manifestaram interesse em ver criado um instrumento de protecção do património imaterial. Isto obrigaria a UNESCO a adoptar, em 1989, a Recomendação para a Salvaguarda da Cultura Tradicional e do Folclore, dividida em tesouros humanos vivos, línguas em perigo no mundo e música tradicional.
Dez anos depois, em 1999, o conselho executivo da UNESCO decidiu criar uma distinção internacional intitulada "Proclamação das Obras-primas do Património Oral e Imaterial da Humanidade", de forma a distinguir os exemplos mais notáveis de espaços culturais ou formas de expressão popular e tradicional. Só em 2006 é que a Convenção para Salvaguarda do Património Cultural Imaterial, aprovada no final de 2003, entrou em vigor.
A Convenção definiu que o património cultural imaterial não se resume apenas aos monumentos e colecções de objectos, mas abrange também as tradições, expressões de vida, conhecimentos e aptidões que constituem a cultura e a identidade de cada país. Características que colocaram o fado entre as sete candidaturas mais recomendadas pelos peritos da UNESCO.
Segundo um documento desses peritos, o fado “é um género de grande versatilidade poética e musical”, com “um forte sentimento de pertença e ligação a Lisboa”, podendo contribuir para futuras interacções com outros géneros musicais. A UNESCO destacou ainda os esforços de toda a comunidade, instituições e meio artístico que se uniram em torno da candidatura.
Além do fado, foram recomendadas as candidaturas do Peru, sobre o conhecimento dos jaguares pelos xamãs da tribo ameríndia colombiana Yurupari, da música Mariachi, apresentada pelo México, das danças Nijemo Kolo da Dalmácia pela Croácia, da música e dança tsiattista do Chipre e da cavalgada de reis da Morávia, pela República Checa. O Comité Intergovernamental, porém, tinha um total 38 candidaturas para analisar.
Embora Portugal não tenha nenhum bem inscrito na lista de património imaterial, possui sítios, monumentos ou paisagens classficadas como património mundial da UNESCO: o centro histórico de Angra do Heroísmo (Açores), o Mosteiro dos Jerónimos (Lisboa), a Torre de Belém (Lisboa), o Mosteiro da Batalha (Batalha), o Convento de Cristo (Tomar), o centro histórico de Évora (Évora), o Mosteiro de Alcobaça (Alcobaça), a paisagem cultural de Sintra (Sintra), o centro histórico do Porto, os sítios de arte rupestre do Vale do Côa, a floresta Laurissilva da ilha da Madeira, o centro histórico de Guimarães, a região vinhateira do Alto Douro e a paisagem da cultura da vinha da ilha do Pico (Açores
Dez anos depois, em 1999, o conselho executivo da UNESCO decidiu criar uma distinção internacional intitulada "Proclamação das Obras-primas do Património Oral e Imaterial da Humanidade", de forma a distinguir os exemplos mais notáveis de espaços culturais ou formas de expressão popular e tradicional. Só em 2006 é que a Convenção para Salvaguarda do Património Cultural Imaterial, aprovada no final de 2003, entrou em vigor.
A Convenção definiu que o património cultural imaterial não se resume apenas aos monumentos e colecções de objectos, mas abrange também as tradições, expressões de vida, conhecimentos e aptidões que constituem a cultura e a identidade de cada país. Características que colocaram o fado entre as sete candidaturas mais recomendadas pelos peritos da UNESCO.
Segundo um documento desses peritos, o fado “é um género de grande versatilidade poética e musical”, com “um forte sentimento de pertença e ligação a Lisboa”, podendo contribuir para futuras interacções com outros géneros musicais. A UNESCO destacou ainda os esforços de toda a comunidade, instituições e meio artístico que se uniram em torno da candidatura.
Além do fado, foram recomendadas as candidaturas do Peru, sobre o conhecimento dos jaguares pelos xamãs da tribo ameríndia colombiana Yurupari, da música Mariachi, apresentada pelo México, das danças Nijemo Kolo da Dalmácia pela Croácia, da música e dança tsiattista do Chipre e da cavalgada de reis da Morávia, pela República Checa. O Comité Intergovernamental, porém, tinha um total 38 candidaturas para analisar.
Embora Portugal não tenha nenhum bem inscrito na lista de património imaterial, possui sítios, monumentos ou paisagens classficadas como património mundial da UNESCO: o centro histórico de Angra do Heroísmo (Açores), o Mosteiro dos Jerónimos (Lisboa), a Torre de Belém (Lisboa), o Mosteiro da Batalha (Batalha), o Convento de Cristo (Tomar), o centro histórico de Évora (Évora), o Mosteiro de Alcobaça (Alcobaça), a paisagem cultural de Sintra (Sintra), o centro histórico do Porto, os sítios de arte rupestre do Vale do Côa, a floresta Laurissilva da ilha da Madeira, o centro histórico de Guimarães, a região vinhateira do Alto Douro e a paisagem da cultura da vinha da ilha do Pico (Açores
Perfeitamente de acordo...hoje o fado é outro...
ResponderEliminarbem melhor...