A questão é importante por vários motivos:
1º - Os Municípios integrantes da Plataforma Intermunicipal para as Linhas de Torres Vedras deveriam ter coordenado a sua participação de forma muito mais eficiente. As comemorações viveram as sabor do improviso, sem articulação mútua. A famosa Rota Histórica das Linhas de Torres Vedras que deveria de ter sido inaugurada em Novembro passado, está por concluir...
2º - Do site RHLT retirámos hoje o seguinte texto:
"Candidatura MFEEE
Em 2001/2002, o IPPAR - Instituto Português do Património Arquitectónico e os seis Municípios que actualmente compõem a Plataforma Intermunicipal para as Linhas de Torres (PILT) acordaram desenvolver um Programa para a Salvaguarda, Recuperação e Valorização das Linhas de Torres Vedras. Este Programa não foi executado devido à inexistência de fontes de financiamento.
Em 2006, a DGEMN - Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais assumiu a coordenação do projecto, conferindo-lhe uma nova orientação e denominação: RHLDTV - Rota Histórica das Linhas Defensivas de Torres Vedras. A 10 de Maio, desse ano, foi elaborada e apresentada uma candidatura ao MFEEE - Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu, cujos Estados doadores são Islândia, Liechtenstein e Noruega. É promotor desta candidatura, em representação da PILT, o Município de Torres Vedras. Ainda em 2006, a 16 de Outubro, foi constituída a PILT - Plataforma Intermunicipal para as Linhas de Torres, entre os municípios de Arruda dos Vinhos, Loures, Mafra, Sobral de Monte Agraço, Torres Vedras e Vila Franca de Xira.
A 13 de Dezembro de 2007 foi assinado o Contrato de Financiamento ao Abrigo do Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu. Ficou definido um financiamento de 1.494.220€, o que representa uma taxa de comparticipação de 74,11% sobre o montante da candidatura, mas apenas 24,46% sobre os custos totais estimados do projecto (não incluindo o Centro de Interpretação de Torres Vedras, cujo orçamento próprio oscila entre os 4 a 4,5 milhões de euros). Este financiamento é para o período 2007-2011.
O Projecto em Números
Reabilitação de estruturas militares: 887.242€
Aquisição de terrenos e edifícios: 54.500€
Centro de interpretação e acolhimento: 734.762€ (não inclui CI Torres Vedras)
Infra-estruturas de apoio ao visitante: 164.695€
Promoção Turística: 139.998€
Comunicação/divulgação: 35.022€
O estado da execução do projecto é de cerca de 40% das acções, em Outubro de 2009.»
A leitura deste texto é elucidativa. Repare-se nas datas e na falta de actualização dos dados. Aliás, o site parece uma daquelas casas abandonadas a meio do almoço: fica tudo em cima da mesa, a encher-se de pó...
Depois, veja-se a previsão de custos do Centro Interpretativo de Torres Vedras (o tal que querem implantar no Forte da Forca): 4 a 4,5 milhões de Euros, não incluídos no "Contrato de Financiamento ao Abrigo do Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu".
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