23 abril 2012

MAIS VIDA NO CENTRO HISTÓRICO - NOVO DEBATE


Recordamos o CICLO DE DEBATES sobre MAIS VIDA NO CENTRO HISTÓRICO que a Associação do Património de Torres Vedras tem vindo a realizar no Auditório Municipal ( Av. 5 de outubro, Torres Vedras), às 16H00.

O próximo, sobre ARQUITETURA E URBANISMO, será no sábado, 28 de Abril e contará com a presença de um reputado especialista em assuntos relacionados com a vivência urbana, o Prof. João Seixas, e de um arquiteto local a convidar.



                                     28 Abril | Arquitectura e Urbanismo                       
 
                                                                         

 
De que modo a Arquitectura contribui para uma vivência mais plena do Centro Histórico ? Qual o impacto dos projectos de requalificação (obras) do "Torres ao Centro" no casco antigo da cidade? De que modo o planeamento urbanístico pode contribuir para a revitalização da zona e da cidade ? 

Estas são algumas questões de partida que visam debater as relações entre o edificado e as pessoas, entre os espaços e os projectos, num território que se pretende cada vez mais vivido, mais participado e partilhado.  

João Seixas (geógrafo e  urbanista) é orador convidado para debater e apresentar novas visões do urbanismo e das cidades do séc. XXI.

João Seixas é doutorado em Geografia Urbana pela Universidade Autónoma de Barcelona e em Sociologia do Território e do Ambiente pelo ISCTE, com uma tese em torno da governação contemporânea das cidades europeias, com o enfoque analítico na cidade de Lisboa. Licenciado em Economia (UCP, 1989), Mestre em Urban and Regional Planning (London School of Economics and Political Science, 1997).

 «Face à crise, a cidade deve ser estratégica. Governando de forma atenta e pensada, pouco afeita a “vaipes” populistas. Com um verdadeiro planeamento, técnico só depois de estratégico. Sabendo que se vive numa era de transição, com muita desorientação. E, como tal, defendendo princípios sólidos a todo custo: o direito à cidade, ao habitat, à mobilidade, à inclusão social, ao consumo sustentável, ao ambiente, ao empreendedorismo local. Este “a todo custo” não é custo, é investimento. Bem feito, será altamente recompensador no futuro.
Perante a crise, a cidade deve ser democrática. Feita com as pessoas e para as pessoas – de longe o seu maior recurso – retro-alimentando a qualidade de vida e a esperança. Sabendo que o futuro só se fará com a sociedade, não longe dela ou contra ela. Com auscultação, participação e inteligência dialéctica. Com processos como os orçamentos participativos, a Agenda Local XXI, os conselhos de bairro e de cidade. Construindo um urbanismo participativo e de proximidade. Construindo compromissos (diferentes de consensos, palavra sonsa) o que implica ganhos e cadências e, sobretudo, implica responsabilidade para as diferentes partes.»
  
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