Publicado em 8 de Junho de 2012
ACTIVIDADES
ECONÓMICAS
NO
CENTRO HISTÓRICO DE TORRES VEDRAS
(I Parte)
ARMANDO FERNANDES
( Business Coach )
c“Loucura é fazer o mesmo de sempre e esperar resultados distintos” (AA)
Irei apresentar – neste primeiro texto – a perspectiva de um Business Coach (Treinador Empresários) sobre o papel dos diversos agentes económicos na dinamização do Centro Histórico de Torres Vedras.
O trabalho de treino de empresários, permitiu-me contactar com muitas realidades e ajudar empreendedores a arranjar estratégias para melhorarem os seus negócios. Daí ter vários artigos publicados no meu blogue http://itaca-pensamento.blogspot.com, e outros publicados em jornais e revistas de outros concelhos e Associações Empresarias.
Deste modo, quero simplesmente contribuir para uma reflexão e debate, uma vez que estão a decorrer na nossa cidade um conjunto de intervenções urbanísticas de fundo, com o envolvimento expresso da Autarquia, da Comunidade e dos Agentes Culturais.
Porém, considero que não é tão visível o envolvimento Empresarial, nomeadamente o Sector Comercial, e constato que:
· a sociedade de consumo e o comércio nunca estiveram tão desenvolvidos como estão actualmente;
· o comércio desenvolveu-se nos últimos anos com novos agentes que afunilaram a concorrência e alargaram a oferta (grandes superfícies);
· o comércio electrónico está em franco desenvolvimento
· a crise financeira internacional e os seus reflexos no nosso país levaram a uma diminuição do rendimento disponível das famílias, estando o consumo a diminuir
· o comércio tradicional, que está em crise há mais de 20 anos, não conseguiu responder a estas transformações e foi apunhalado pelas costas através de politicas de desenvolvimento urbano seguidas nas últimas 5 décadas.
Considero a actividade empresarial, assim como a fixação de residentes, estratégias fundamentais para a revitalização dos centros históricos. Por isso, entendo que deverão ser criados novos paradigmas que permitam a viabilização de antigos e novos negócios nestes locais.
Acredito também que cada empresário deverá usar a sua inteligência e energia para se concentrar efectivamente no que é importante e estratégico para si, em vez de apresentar razões de culpabilização e abdicação.
O facto é que quando pergunto a um comerciante como exerce a sua participação cívica a resposta é que não tem tempo, e fala da Autarquia e das Associações como sendo Eles (Pronome pessoal – 3ª pessoa, plural) em vez de eu ou nós (Pronomes pessoais – 1ª pessoa).
Percebo a apreensão que têm sobre o presente e o futuro dos seus negócios, culpando o Mercado, o Estado, as Grandes Superfícies, a Autarquia, a crise, as opções de compra das novas gerações, pela actual situação.
Considero pois que a primeira atitude é pôr estes empreendedores a pensar em colectivo e abandonar o “muro das lamentações” ocasionado pelos infortúnios.
O Comércio Tradicional não tem as mesmas armas que as grandes superfícies, no entanto deve modernizar a sua gestão, a sua organização, tornar a actividade mais profissional e fazer aquilo que é fundamental: estar junto das pessoas para encontrar as suas necessidades e satisfazê-las.
Existem algumas acções simples, que não necessitam de grandes investimentos e podem gerar mais negócios no comércio tradicional, e que têm a ver com a relação personalizada om
os clientes
Os desafios são enormes e há
necessidade de um enorme envolvimento social onde deverão ser alinhados os
objectivos dos Residentes, Autarquia, Empresários, Associações Empresariais e
Culturais.
Sobre o papel de cada uma
destas entidades irei debruçar-me nos próximos dois artigos.
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