15 dezembro 2018

CADERNOS DO PATRIMÓNIO






CADERNOS DO PATRIMÓNIO, UMA INICIATIVA EDITORIAL
  
«Cadernos do Património» é uma colecção agora lançada pela Associação para a Defesa e Divulgação do Património Cultural de Torres Vedras com o objectivo de investigar e dar a conhecer aspectos da história local, de pugnar pelos valores próprios que modelam e caracterizam o património do concelho de Torres Vedras, isto é, dos seus vestígios materiais e imateriais.
Desde a fundação, em Março de 1979, a Associação do Património de Torres Vedras tem desenvolvido múltiplas acções, e em diferentes domínios, tendo sempre como escopo a defesa intransigente do território, no que respeita à preservação da sua história física e social. E essa história diz respeito ao património construído, mas também à salvaguarda da memória colectiva envolvendo um amplo diálogo com as diversas disciplinas, desde a arquitectura e o urbanismo, passando pela história da arte e pela sociologia, até à decisão política. Numa atenção vigilante a esse jogo de perspectivas.
Ora, a maior eficácia para a defesa de um património passa necessariamente por torná-lo público. Assim, a edição física, e actualmente a edição electrónica, aparecem como instrumentos indispensáveis a tal divulgação. É o que tem acontecido ao longo dos seus quarenta anos de existência e ultimamente com a presença permanente na Net através de vários Blogues.
«Cadernos do Património», enquanto iniciativa de natureza editorial, insere-se neste contexto, encontrando-se aberta à participação em geral. Irá abranger, por um lado, áreas como a biografia de personalidades reconhecidas, a história de empresas e de associações, ou ainda outros temas de âmbito local.  Por outro, trabalhos de autor, desde que se enquadrem na temática do património nas suas diversas expressões e linguagens.

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A sessão de lançamento foi largamente participada. O BADALADAS publicou reportagem:



 A obra agora publicada pode ser adquirida na Gráfica Torreana e na Papelaria UNIÃO, em Torres Vedras.





DE NOVO O CASTRO DO ZAMBUJAL

No BADALADAS de 14 de Dezembro, publicámos este apontamento:


   «VALORIZAÇÃO DO CASTRO DO ZAMBUJAL

 
 
O castro é uma das jóias da coroa do nosso Património edificado. Há muito que se exigia uma intervenção de fundo, que o protegesse e valorizasse.
A Associação do Património contribuiu com estudos, ideias e sugestões, por isso as obras que agora se concluíram eram aguardadas por nós com grande expectativa. No essencial, ela não foi defraudada e, com isso, muito nos congratulamos. Mas o trabalho não está concluído, evidentemente. Por ora, consideramos que é de relevar o trabalho feito: consolidação das estruturas pétreas, passadiços de madeira, painéis informativos, limpeza do casal saloio, arrumação das muitas pedras que por ali andavam espalhadas, construção de pequeno edifício com sanitários e primeira fase do alargamento e pavimentação do parque de estacionamento.
Aguardamos, agora, a fase seguinte: criação de um Centro Interpretativo, construção de uma plataforma elevada, para observação – que possibilite visitas seguras e impeça a deambulação de visitantes sobre a parte mais significativa do monumento – e continuação das escavações. Como é próprio das estações arqueológicas, há ainda muito a procurar, investigar, estudar.»

Dois dias depois, soubemos de uma visita de estudo, no âmbito da disciplina de FOTOGRAFIA, organizada pela Universidade da Terceira Idade de Torres Vedras. A iniciativa foi divulgada no facebook, de onde tirámos esta foto:




Esta imagem fotográfica mostra bem como a valorização do Castro não teve em conta a necessidade de o defender. As pessoas deambulam lá por cima, arriscando-se a cair e deteriorando as estruturas pétreas.
Há muito que defendemos uma plataforma elevada, em madeira, ou um passadiço - para observação da parte mais espectacular do castro, a barbacã.
Nos avisos do painel de entrada pede-se aos visitantes para não sairem dos passadiços de madeira mas depois não há forma de observar de perto se não saindo deles e andando por lá, à vontade.
Esta valorização foi, pois, na minha perspectiva - e também da Associação do Património - um trabalho incompleto e com incoerente informação aos visitantes.

Joaquim Moedas Duarte


21 novembro 2018

CASTRO DO ZAMBUJAL – AS OBRAS DE REQUALIFICAÇÃO



Andámos, há dias, pelo Castro do Zambujal, a observar como decorrem as obras de requalificação deste Monumento Nacional, um dos mais significativos do período pré-histórico, conhecido como Calcolítico da Estremadura.
Gostámos do que vimos. Os acessos foram redimensionados, construiu-se um pequeno edifício de apoio (sanitários), as estruturas pétreas estão a ser consolidadas, há passadiços de madeira para os visitantes poderem observar os espaços intervencionados pelos arqueólogos, o antigo casal rústico está mais limpo e apresentável.
No entanto, notámos uma falta que, a manter-se, muito desvalorizará o trabalho já feito: trata-se de uma plataforma para se poder observar o ponto que é, indiscutivelmente, o mais importante daquela construção milenar: a barbacã, com as seteiras:


Sabendo nós como é melindrosa qualquer intervenção num Monumento Nacional, não esperávamos nenhuma solução espectacular para o problema da visibilidade da barbacã. Aliás, consta que chegou a ser ponderada a possibilidade de se construir uma sofisticada torre de observação, projectada por um arquitecto de renome, de modo a atrair visitantes. A torre seria uma mais-valia pelo confronto da vetusta construção pré-histórica com essa arrojada “obra de arte” arquitectónica contemporânea. E há até quem diga que tal solução só não avançou já, por ser muito cara, mas quando houver disponibilidade financeira, irá para a frente.
Não acreditamos que mentes lúcidas se atrevam a tais soluções, desajustadas e gravemente desrespeitadores do nosso mais antigo e expressivo Monumento, pelo que tomamos como piada de mau gosto a ideia da tal “obra de arte”.
Contudo, o problema subsiste: como facultar aos visitantes a observação cómoda e, sobretudo, segura, da barbacã?
Em tempos já apresentámos nas páginas deste jornal uma sugestão que nos parece viável, barata e eficaz: montagem de uma estrutura de madeira (pinho tratado) – como plataforma de observação – que permita aos visitantes aperceberem-se da complexidade e características da fortificação. E acrescentávamos: «Tal estrutura é, só por si, uma defesa activa da integridade do monumento. Reconhecemos que a localização deste equipamento pode ser considerada intrusiva. Porém, ela é a única que permite a observação detalhada do pormenor mais significativo e emblemático do Zambujal – a barbacã com as seteiras. Acresce que, sendo de madeira, ela é facilmente alterável; e, por outro lado, ficará colocada numa zona que, já tendo sido escavada, foi de novo coberta de terra, uma forma usual de preservação de espaços como este».
Este tipo de estrutura – que pode ser visto, por exemplo, no acesso à Praia da Ribeira d’Ilhas, na Ericeira – é seguro e durável, e evita que os visitantes deambulem sobre as muralhas e as torres do Zambujal, com todos os perigos inerentes, para eles e para as construções que se vão degradando. E, sendo de madeira, integra-se naturalmente no ambiente circundante.
Será excessivamente intrusiva esta plataforma? Que dizer, então, do casal rústico mesmo ao lado do Monumento? Há coisa mais intrusiva do que aquele amontoado caótico de casebres em ruínas? E no entanto, existe há décadas, uma parte terá séculos de existência e já nos habituámos a ele. Faz parte da História daquele lugar.
O aspecto e localização da plataforma seriam estes:



     
A sugestão aqui fica, certos de que haverá tempo e vontade para a pôr em prática. O Monumento e os seus visitantes merecem.
Associação para a Defesa e Divulgação
do Património Cultural de Torres Vedras

 [Texto publicado no jornal BADALADAS, semanário de Torres Vedras de 16 de Novembro de 2018, p. 23]

18 outubro 2018

ADEUS, CARLOS CUNHA


(Fotos da AUTITV - http://actividadesenior.blogspot.com/2015/01/o-telegrafo-portugues-nas-linhas-de.html )



Partiu hoje, depois de luta desigual contra a doença.
Aqui o vemos, numa palestra para visitantes de uma Exposição sobre a Guerra Peninsular, em Janeiro de 2015, junto da réplica do telégrafo de sinais que era usado nos Fortes das Linhas de Torres Vedras e que ele ajudou a construir. O estudo deste equipamento foi um dos muitos em que se empenhou ao longo da vida, investigando incansavelmente o passado torriense. 


Recorde-se que Carlos Cunha foi um dos fundadores da Associação para a Defesa e Divulgação do Património Cultural de Torres Vedras, em Março de 1979, fazendo parte, actualmente, da sua Direcção.
Que descanse em paz.






24 julho 2018

UM MARCO HISTÓRICO EM MATACÃES

O nosso associado José Luís Patrício gosta de calcorrear territórios menos conhecidos. Quando sabe de algo que não conhece, ou festa a que nunca assistiu, lá vai ele de máquina em punho, a registar tudo em pormenor.
O seu blogue - A TERRA E A GENTE - tem fartos testemunhos das suas andanças.

Há dias enviou-nos estas fotos. Mostram-nos um marco de delimitação de propriedade, com cerca de 600 anos. Assinalava um reguengo, propriedade régia, no termo de Torres Vedras.
Ao lado, um pequeno texto ajuda-nos a identificar o monumento, situado na povoação de Matacães, a cerca de 7 km da cidade de Torres Vedras.

Os nossos efusivos agradecimentos ao Zé Luís Patrício.






12 julho 2018

EM MEMÓRIA DE ÁLVARO CORREIA



Associado activo e interveniente da Associação do Património de Torres Vedras. Deixou-nos hoje, depois de alguns anos de luta contra a doença.
Dele fica a recordação de um homem bom, cidadão inconformado e atento à vida da pólis.

À família, a ADDPCTV endereça sentidas condolências




30 junho 2018

UM OLHAR SOBRE O VELHO CHAFARIZ

No Boletim de Freguesia de Santa Maria, S. Pedro e Matacães - Torres Vedras, Março 2014.
Textos de Joaquim Moedas Duarte, da Direcção da ADDPCTV.


(Clicar para aumentar)

28 junho 2018

LINHAS DE TORRES VEDRAS - Processo de classificação - consulta pública






Chamamos a atenção para o que foi publicado em Dº da República sobre este assunto. 


 Diário da República, 2.ª série — N.º 120 — 25 de junho de 2018


Anúncio n.º 102/2018 

 Projeto de Decisão relativo à classificação como conjunto de interesse nacional/monumento nacional (MN) da 1.ª e 2.ª Linhas de Defesa a Norte de Lisboa durante a Guerra Peninsular, também conhecidas como Linhas de Torres Vedras, nos concelhos de Arruda dos Vinhos, Loures, Mafra, Sobral de Monte Agraço, Torres Vedras e Vila Franca de Xira, distrito de Lisboa. 

1 — Nos termos do artigo 25.º do Decreto -Lei n.º 309/2009, de 23 de outubro, faço público que, com fundamento em parecer da Secção do Património Arquitetónico e Arqueológico do Conselho Nacional de Cultura de 21 de fevereiro de 2018, que mereceu a minha concordância, é intenção da Direção -Geral do Património Cultural propor a Sua Excelência o Ministro da Cultura a classificação como conjunto de interesse nacional/monumento nacional (MN) da 1.ª e 2.ª Linhas de Defesa a Norte de Lisboa durante a Guerra Peninsular, também conhecidas como Linhas de Torres Vedras, nos concelhos de Arruda dos Vinhos, Loures, Mafra, Sobral de Monte Agraço, Torres Vedras e Vila Franca de Xira, distrito de Lisboa. 

2 — Nos termos do artigo 27.º do referido decreto -lei, os elementos relevantes do processo (fundamentação, despacho, lista das obras militares a classificar (114), lista das obras retiradas do conjunto a classificar (15), restrições a fixar e plantas com a delimitação das obras integrantes do conjunto a classificar e da respetiva zona geral de proteção) estão disponíveis nas páginas eletrónicas dos seguintes organismos: 

a) Direção -Geral do Património Cultural, www.patrimoniocultural.pt (Património/Classificação de Bens Imóveis e Fixação de ZEP/Consultas Públicas/Ano em curso) 

b) Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos, www.cm -arruda.pt 

c) Câmara Municipal de Loures, www.cm -loures.pt 

d) Câmara Municipal de Mafra, www.cm -mafra.pt 

e) Câmara Municipal de Sobral de Monte Agraço, www.cm -sobral.pt 

f) Câmara Municipal de Torres Vedras, www.cm -tvedras.pt g) Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, www.cm -vfxira.pt 

3 — O processo administrativo original está disponível para consulta (mediante marcação prévia) na DGPC, Palácio Nacional da Ajuda, ala Norte, sala 5, 1349 -021 Lisboa. 

4 — Nos termos do artigo 26.º do referido decreto -lei, a consulta pública terá a duração de 30 dias úteis. 

5 — Nos termos do artigo 28.º do referido decreto -lei, as observações dos interessados deverão ser apresentadas junto da DGPC, que se pronunciará num prazo de 15 dias úteis. 

23 de maio de 2018. — A Diretora -Geral do Património Cultural, Paula Araújo da Silva.

(Apontamento a partir daqui: 

28 maio 2018

MUSEU DO ANO 2018



O PATRIMÓNIO INDUSTRIAL EM DESTAQUE

A Direcção da APAI - Associação Portuguesa de Arqueologia Industrial, com a qual temos relações associativas privilegiadas - enviou-nos esta Nota:

«O  Museu Metalúrgica Duarte Ferreira, em Tramagal, Abrantes, foi distinguido na passada 6ª feira com o Prémio de Melhor Museu do ano 2018, atribuído pela Associação Portuguesa de Museologia (APOM).

Este museu, inaugurado o ano passado, recebe assim uma distinção muito merecida.»

Podemos ver pormenores aqui:




Notícia

«O Museu Metalúrgica Duarte Ferreira, no Tramagal, concelho de Abrantes, inaugurado no ano passado, conta uma história com mais de um século, desde o dia em que Eduardo Duarte Ferreira ergueu a primeira forja, em 1879, e a data da extinção da Metalúrgica Duarte Ferreira, em 1997.
O projeto de instalação do museu resulta de uma parceria entre a Câmara Municipal de Abrantes, da Junta de Freguesia de Tramagal e do Grupo Diorama, de Joaquim Dias Amaro, contando com espaços expositivos e documentais daquela que foi uma das principais empresas metalúrgicas do país.
A APOM, entidade fundada em 1965, dedicada à museologia, atribui os prémios anualmente, desde 1997, a museus, projetos, profissionais e atividades desenvolvidas no setor.
Este ano, a entidade entregou um Prémio Especial ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, "pelo apoio que tem dado ao setor da museologia", disse à agência Lusa o presidente da associação, João Neto.»

09 abril 2018

PATRIMÓNIOS NO JORNAL "BADALADAS"

Desde Novembro de 2010, a Associação para a Defesa e Divulgação do Património Cultural de Torres Vedras (ADDPCTV) tem vindo a publicar quinzenalmente no semanário BADALADAS, de Torres Vedras, uma rubrica intitulada PATRIMÓNIOS.
Começou por abordar questões gerais sobre os problemas dos Centros Históricos - conceito, sustentabilidade, perspectivas. Depois passou ao registo das "memórias do século XX", centradas nas vivências de pessoas com recordações de vida no Centro Histórico de Torres Vedras.
A partir de 5 de Agosto de 2016, a rubrica Patrimónios passou a abordar as memórias de torrienses que participaram na 1ª Grande Guerra, evocadas pelos seus familiares. O tema impunha-se pelo facto de, entre 2016 e 2018, se evocar o centenário da participação portuguesa na 1ª Guerra Mundial.
Este trabalho tem sido realizado por Luís Filipe Rodrigues, membro da Direcção da ADDPCTV.

No editorial do jornal BADALADAS, edição de 6 de Abril de 2018, foi feita uma elogiosa referência a este nosso trabalho que muito nos apraz registar:


(clicar para aumentar)


Nesta mesma edição foi publicada mais uma crónica dessa rubrica:


(clicar para aumentar)


Em letra de forma:


António da Costa, um combatente da Aldeia da Senhora da Glória na 1ª Grande Guerra


 Luís Filipe Rodrigues

Por esse Portugal fora ainda existem dezenas de aldeias com nomes insólitos, alguns repletos de humor e malícia. Por razões que se desconhecem, mas se suspeitam, muitas mudaram de nome. É o caso de Panasqueira, na freguesia da Carvoeira, que foi rebaptizada com novo topónimo: ‘Aldeia de Nossa Senhora da Glória’.
Nesta alteração, publicada por decreto no Diário do Governo de 3 de Setembro de 1941, não estão invocadas razões. O facto é que António da Costa, nascido em 5 de Maio de 1895, é ainda natural da Panasqueira. Morreu tuberculoso aos 40 anos (8 de Outubro de 1935), no Hospital Militar da Estrela.
Até embarcar para França viveu sempre na Panasqueira. Depois de vir ingressou na Guarda Nacional Republicana, chegando a Sargento. Entretanto ficou a morar em Lisboa, no bairro de Marvila.  A um tipo assim, bem apessoado, gingão, ainda por cima fardado, (naquela época uma farda era um íman que atraía qualquer moçoila) parece que não havia rapariga que lhe escapasse! Pelo menos é o que nos diz Valdemar Costa (22 de Dezembro de 1947), também natural de Nossa Senhora da Glória, com quem estivemos à conversa, mesmo no local onde terá nascido o seu avô.
Trabalhador na Casa Hipólito durante 30 anos, Valdemar conhece bem o ambiente social de Torres Vedras. Pessoa de fácil trato e amigo do seu amigo retira sempre prazer de uma boa cavaqueira. Assim nos encontrámos na esplanada da Havanesa. E partimos.
Pelo caminho demos um salto à Zibreira para falar com Maria de Lurdes Luís (n. 1940) –  mulher dinâmica e grande activista, de um amor entranhado à sua terra – sobre um tal Manuel Luís, desaparecido na célebre batalha de La Lys em 9 de Abril e feito prisioneiro. Mas nada acrescentou! Chegou a conhecê-lo, sim, mas sem possibilidade de contactar os familiares que vivem em Lisboa.
Depois subimos à Serra de S. Julião para ouvir alguém que tivesse conhecido Joaquim Ferreira da Silva, ferido em combate por estilhaço de granada em 9 de Abril. Chegámos à fala do Zé ‘Engenheiro’ (nascido em 1928), figura popular, muito estimada; e também nos encontrámos com António das Neves (n. 1926) e Francisco Raimundo (n. 1927), mais conhecido por Chico Manhoso. Ninguém se lembrava de Joaquim Ferreira da Silva. Pudera, pensámos nós depois, se o homem morrera novo, em 1940!
E lá chegámos à Senhora da Glória, ao sítio onde terá nascido António da Costa. A casa já não existe, é verdade! Mas existe o sítio, um sítio onde se respira lonjura e liberdade. Depois de passarmos pelo largo dos Namorados subimos ao ponto cimeiro onde começa a Rua do Pouco Jeito. E aí sim! Aí a vista alarga-se em toda a sua extensão por uma paisagem nimbada de colinas. Entre estas, aninhadas nas vertentes, encontramos Figueiredo e Ribaldeira, mas também os casais de Almagra e do Palear. E quase a perder de vista S. Domingos, Corujeira e Carrasqueira. É um regalo ver-se tudo de um só golpe! Depois passámos pela Capela, em tempos pertencente à quinta de D. Luís Pereira Coutinho. E entrámos. Detectámos inscrito numa pia, no interior da sacristia, o ano de 1857. Esta data, apoiada na conversa com a Dª Helena, a pessoa que cuida da capelinha, leva-nos a sustentar a hipótese, entre outras razões, de a sua construção remontar ao século XIX.
Dissemos antes que António da Costa era um tipo de jeito flexuoso e nada sacramentado. Essa será a razão por que teve três filhos, um de cada mãe. Todas namoriscadas em Lisboa. Maria Carolina, de Monte Redondo, mãe de Luís da Costa, nascido em Outubro de 1924 (pai de Valdemar); Maria Eleutéria (tratada por Quicas) da Ordasqueira; Maria Lino, de Carmões. Mas só com Sebastiana de Jesus Rodrigues, natural do Cadaval, se veio a casar. O que aconteceu em Lisboa, a 12 de Junho de 1933, tendo morrido dois anos depois.
Enfim, o que está esboçado é o retrato de família. Um tentame, dizemos nós!
Agora o seu perfil militar e mais ainda de combatente em França é que é o busílis! O nosso homem foi à guerra, lá isso foi! Existe mesmo o seu boletim individual no CEP (Corpo Expedicionário Português) a confirmá-lo. Mas mesmo aí sobre ele nada se diz, não havendo biografia possível, a não ser que foi soldado de artilharia pesada. Não há outra menção.

Valdemar entregou a fotografia do avô, é certo, um militar devidamente uniformizado. Mas sobre a sua vida em França nada disse porque nada sabe, nem o pai lho transmitiu. Nem chus nem bus! Não foi capaz de acrescentar nada, nem um episódio, nem um facto, nem uma efeméride, absolutamente nada.
E isso invalida a publicação deste apontamento? Pensamos que não! Nesta crónica, como em tantas outras, luta-se com palavras através das quais se assume sem ambiguidades nem vacilações a nossa memória colectiva, porque uma terra sem memória, que não cultiva a recordação das coisas e das suas gentes, está irremediavelmente condenada.

Texto escrito segundo o antigo acordo ortográfico



26 março 2018

ASSOCIAÇÃO DO PATRIMÓNIO DE SANTARÉM


CONVENTO DE S. FRANCISCO - SANTARÉM


    Foto: Joaquim Moedas Duarte

Está de parabéns a Associação de Estudo e Defesa do Património Histórico-Cultural de Santarém. Tendo inaugurado a sua nova sede, no passado dia 2 de Março, leva a efeito, no dia 31 deste mesmo mês, um programa de celebração dos 40 anos de existência.
Dele consta:

11:00 h. - Visita guiada ao Convento de S. Francisco e à Exposição alusiva aos 40 anos de vida da Associação.

14:30 h. - Jornada de História "Santarém no séc. XX", em parceria com o Centro de Investigação Prf. Joaquim Veríssimo Serrão.

18:30 h. - Sessão Solene comemorativa.


Teremos todo o gosto em aceitar o convite para participarmos nas actividades deste dia, promovidas por aquela Associação.

17 março 2018

DOCUMENTOS APROVADOS NA ASSEMBLEIA GERAL


Realizou-se ontem, 16 de Março, a Assembleia Geral ordinária da Associação do Património Cultural de Torres Vedras.
Nela foram aprovados por unanimidade os seguintes documentos:



RELATÓRIO DAS ACTIVIDADES REALIZADAS EM 2017


1. NOTA PRÉVIA

 Quando foi eleita, em 1 de Abril de 2017, a actual Direcção propôs um Plano de Actividades que abarcasse o biénio do seu mandado, o qual foi aprovado. Contudo, por imperativos estatutários – comum a todas as Associações, afinal – dever-se-á apresentar anualmente um Relatório de actividades e contas de cada ano civil. É o que ora trazemos à consideração dos nossos associados.

Naturalmente, o Relatório deveria ser confrontado com o Plano e, idealmente, evidenciar a concretização do que nele se propunha. Porém, estando nós a meio do caminho, a confrontação entre os dois documentos é prematura. Assim, optámos por fazer um relato resumido do trabalho realizado, remetendo para o próximo ano a análise mais circunstanciada que tenha em conta os dois documentos.


2. SÍNTESE DO TRABALHO REALIZADO

Tal como em anos anteriores, a Direcção da ADDPCTV regeu a sua actividade pelos princípios constantes dos seus Estatutos, com especial incidência na divulgação do seu Património histórico e na colaboração com outras entidades empenhadas nesse objectivo.
               Participou activamente nas reuniões da Direcção do FORUM DE ASSOCIAÇÕES DE TORRES VEDRAS, em cujos órgãos sociais está presente.
Realizou quinzenalmente reuniões de Direcção com a presença assídua de todos os seus elementos.
Publicou intervenções escritas em órgãos de imprensa local: 
       . No Badaladas, rubrica PATRIMÓNIOS: 17
       . No Boletim da Freguesia de Santa Maria, S. Pedro e Matacães, sobre monumentos locais: 4
      
De referir ainda que, para além das actividades enunciadas no Quadro 1, foram desenvolvidas outras, ao longo do tempo, sem data definida. A saber:

   » Actualização do Arquivo da Associação;
   » Contactos frequentes com serviços camarários e outros para preparação de actividades
       ou recolha de informações;
   » Visitas a lugares e/ou monumentos, para aprofundar conhecimento sobre factos que
       nos foram indicados;
   » Preparação de visitas guiadas com reconhecimento prévio dos locais, recolha e
      sistematização de dados;
   » Colaboração com o Pároco de T. Vedras (cidade), para abertura ao público da Igreja de Santiago;
   » Produção de vídeo-livro: pesquisa, selecção e produção de imagens; selecção da banda sonora. 
      Em curso: animação7vídeo e maquetização do livro.
   » Gravação de testemunhos orais relacionados com o património industrial, com colaboração    
      técnica do nosso associado Joaquim Jordão;
   » Apresentação de propostas de adenda à lista de valores culturais a preservar, no Plano de
      Urbanização de Torres Vedras: casa da Junta Autónoma das Estradas, estruturas do Casal da 
      Mina e elementos arquitectónicos do Paço do Patim;
    » Elaboração de parecer sobre o projecto de Biblioteca Municipal no espaço ao lado da Igreja de
       Santiago;
    » Apresentação de proposta de intervenção na fachada Norte da Igr. De Santiago;
    » Presença constante e regular em dois blogues e em três páginas no Facebook.



Quadro 1 – ACTIVIDADES DATADAS EM 2017

MÊS
DIA
ACTIVIDADE
JANEIRO
07
Visita guiada à Igreja do Turcifal no âmbito do Projecto ISA PATRIMÓNIO da Câmara Municipal de Torres Vedras (CMTV)
08
Idem, Igreja da Graça
FEVEREIRO
04
Passeio cultural da série “Por montes e vales”, em parceria com a Casa da Cultura da Ponte do Rol (CCPR): Turcifal, Adega Mãe e Santa Cruz
18
Lançamentos da revista BARRETE (Sátira, integrada no Carnaval torriense)
MARÇO
10
Colaboração na exposição dos 100 anos do S.C.U.Torriense, com a elaboração de uma cronologia histórica
28
Participação no debate sobre Centros Históricos, sessão da CMTV.
ABRIL
01
Passeio cultural da série “Por montes e vales”, em parceria com CCPR: Conventos da Graça e do Varatojo
10
Participação no FORUM DO PATRIMÓNIO 2017, na Soc. Portuguesa de Geografia, em Lx.
MAIO
06
1º “Histórias ao jantar”, sobre o P. Joaquim Maria de Sousa
20
2º “Histórias ao jantar”, sobre Dr. Vilela
25
Clube Senior, parceria com CMTV: sessão em S. Domingos de Carmões
JUNHO
03
3º Histórias ao jantar”: sobre Luís Maldonado Rodrigues
12
Aula no Externato de Penafirme, sobre o nosso património cultural
JULHO
04
Clube Senior, parceria com CMTV: visita guiada à Igreja do Turcifal
Visita guiada com grupo de visitantes ingleses: “Rota dos generais”, Linhas de T. Vedras
SETEMBRO
15/16/17
Participação no Forum das Associações de Torres Vedras
16
Visita guiada, com grupo do Banco Santander de Lx.: “Rota dos generais”
24
Jornadas Europeias do Património, em parceria com o FORUM e MMLT: “Passeio pedestre nas margens do Sizandro”
25
Acção de Formação para o projecto ISA Património da CMTV; visitas às igrejas do Projecto, na semana seguinte
30
Visita guiada com grupo da Câmara Municipal de Lisboa: Tholos do Barro, Convento do Varatojo e Centro Histórico de Torres Vedras
OUTUBRO
05
Visita guiada ao Convento do Varatojo com grupo de 8 pessoas
22
Participação na iniciativa local da Comissão para a recuperação da Capela da Zibreira: visita guiada à capela e almoço de angariação de fundos
NOVEMBRO
23
Colaboração com o grupo “Andar na rua”: visita aos lugares de memória da Casa Hipólito
DEZEMBRO
16
Lançamento do livro Casa Hipólito: história, memórias e património de uma fábrica torriense, nos Paços do Concelho, em parceria com a APAI – Associação Portuguesa de Arqueologia Industrial


3. REDES SOCIAIS

As redes sociais têm sido objecto de críticas por parte de alguns sectores da opinião pública que lhes atribuem malefícios vários. Contudo, tem sido através do Facebook – articulado com os blogues – que temos chegado a um púbico que, de outro modo, não atingiríamos. Como em tudo, o bom uso que se faz dos instrumentos à nossa disposição é que determina a sua utilidade. A presença nestas plataformas de comunicação implica um considerável investimento de tempo da nossa parte, mas continuaremos a usá-las assiduamente, pois elas permitem alargar, sem custos significativos, o âmbito das nossas actividades. Esperamos dos nossos associados que nos acompanhem mais assiduamente neste trabalho, quer facultando-nos informações, quer promovendo a sua leitura e divulgação.

Quadro 2 - VISUALIZAÇÕES DOS BLOGUES EM 27 de Fevereiro 2018
 PATRIMÓNIOS

Visualização no último mês (Fev 2018)
2 206
Histórico total de visualizações de páginas            
206 123

LINHAS DE TORRES VEDRAS

Visualizações no último mês (Fev 2018)
1 393
Histórico total de visualizações de páginas
143 193







TRÊS PÁGINAS no FACEBOOK:
Associação do Património Cultural de Torres Vedras
Património de Torres Vedras
Viva Património
Memórias da Casa Hipólito



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PLANO DE ACTIVIDADES – ANO 2018


2018 é  o ANO EUROPEU DO PATRIMÓNIO CULTURAL. É uma boa oportunidade para evidenciar a importância da defesa e divulgação do nosso património, o que corresponde à essência da própria Associação do Património de Torres Vedras – entidade criada em 1979 e com actividade ininterrupta até ao presente.
Assim sendo, consideramos que o Plano de Actividades para este ano deve organizar-se em torno desta efeméride, adoptando um modelo de apresentação que se coadune com a necessidade de o divulgar a outras entidades para além desta Assembleia Geral.
É o que passamos a apresentar.

2018 – A ADDPCTV E O ANO EUROPEU DO PATRIMÓNIO CULTURAL

Objectivos gerais
} Proteger, valorizar e promover o património cultural;
} Realçar o contributo do património cultural para a economia e para a sociedade, através 
   do seu potencial directo e indirecto;
} Sensibilizar para a importância do património cultural através da educação, visando, em
   especial, os jovens e as comunidades locais;
} Promover formas de turismo cultural sustentável;
} Apoiar o desenvolvimento de competências especializadas e a transferência de
   conhecimento;
} Fortalecer a memória colectiva pela recolha de testemunhos significativos que perpetuem vivências, costumes e relações sociais da comunidade.

Para concretizar estes objectivos, projecta-se a realização de um conjunto de acções unificadas em torno da formulação LER E VER O NOSSO PATRIMÓNIO:
 1 – VISITAS GUIADAS ao nosso património edificado;
 2 – SESSÕES PEDAGÓGICAS dirigidas a públicos específicos;
 3 – CURSO PRESENCIAL (6 horas) intitulado “Memória e Património”;
 4 – PARTICIPAÇÃO ACTIVA NOS PROJECTOS “ISA – PATRIMÓNIO” E “CLUBE SENIOR” da Câmara Municipal de Torres Vedras;
 5 – Publicação de textos nos meios de comunicação social, em apoio e complemento às diversas acções deste projecto;
 6 – Edição de um Caderno Cultural com uma antologia de textos já publicados pela ADDPCTV e de um vídeo-livro sobre Torres Vedras;
 7 – Recolha de testemunhos orais, em sistema de vídeo gravação, para o projecto Memórias do séc. XX
O LER e o VER articulam duas formas de abordagem: uma, de cariz intelectivo, a partir do estudo e divulgação de textos essenciais sobre o tema do património cultural; outra, de matriz mais sensitiva, aponta para a fruição directa de espaços e lugares onde se exprimem diversas formas do património edificado.

Estratégias da acção

Divulgação do projecto LER E VER O NOSSO PATRIMÓNIO junto dos órgãos de
   comunicação social;

Sensibilização de sectores diversos da comunidade torriense – nomeadamente autarquias, escolas, associações e cidadãos – para a participação nos objectivos e acções do Ano Europeu do Património Cultural;
} Elaboração de um Plano de Actividades para concretização, no tempo e no espaço, dos objectivos do projecto. Dele constam:

Benefícios
A celebração do Ano Europeu do Património Cultural 2018  será uma importante oportunidade para promover o reposicionamento do património no quadro das políticas públicas, na sociedade e na esfera da acção das instituições que, directa ou indirectamente, podem desenvolver um papel importante neste domínio, através da reflexão, do debate e da troca de perspectivas.
Através deste projecto, abrir-se-ão espaços/oportunidades para criar ou reforçar novas articulações entre diferentes entidades, a nível local, e para organizar e sistematizar informação e projectos dispersos, cruzar domínios de actuação e experiências através da partilha de acções. 
Igualmente possibilitará uma maior visibilidade da ADDPCTV como veículo de promoção do nosso património e espaço de participação dos cidadãos na vida cultural da comunidade torriense.


CALENDARIZAÇÃO DAS ACTIVIDADES

Ano Europeu do Património Cultural 2018

Atividade
Data
Local
Observações
1 - Curso de Património para Autarcas
2ª quinzena SET
FORUM

Seminário de 6 horas
Sábado
2 - Curso de Iniciação à Arqueologia
JULHO
FORUM e
Minas de água/  Fonte Nova
Destinado a jovens
3 - Dia Nacional dos Centros Históricos Portugueses
28 MAR
Igreja de Santiago, parceria com ATV e paróquia
Lançamento do
concurso de fotografia PORMENORES DO NOSSO PATRIMÓNIO
4 - Dia Internacional dos Monumentos e Sítios
22 ABR
Caminhada: Convento do Barro e Tholos
Fórum – Parceria com o MMLT
5 - Recuperação do Património – A luta das pequenas comunidades
04 MAI
Zibreira e Carmões
Colaboração com Comissão Local
6 - Um monumento singular em Runa
18 MAI
CAS Runa
Visita orientada por Fátima Fernandes
7 - Revisitar monumentos recém
classificados
09 JUN
Quinta do Hespanhol

8 - A reconstrução de espaços religiosos / Secretariado das Novas Igrejas
23 SET
Runa e Ramalhal
Visita orientada pelo padre José Manuel da Silva
9 - Jornadas Europeias do Património
23 SET
Caminhada: Quinta da Portucheira / Memórias do vinho
Fórum - Parceria com o MMLT
10 - Palestra com os prof. Vítor Serrão e Fernando Batista Pereira
03 NOV
A designar
Parceria com o MMLT
11 - Recolha de testemunhos orais
QUI
A designar
Projecto “Memórias do séc. XX”
Parceria com Torres TV
12 - Visitas guiadas ao património concelhio
Datas a definir
A designar
ADDPCTV
13 - Sessões pedagógicas
A definir
Por solicitação das Escolas
Escolas
ADDPCTV
14 - Vídeo-livro SENTIR-TE A VOZ
2 JUN
-------------
ADDPCTV
15 - Caderno Cultural
2º Semestre
------------
ADDPCTV
16 - Procedimentos / Lei nº 42/2017
Estabelecimentos e entidades com interesse histórico e cultural
2018
-------------
Com autarquias locais

17 – Memória da Igreja de S. Miguel
2018
Proposta à Câmara Municipal de TV de construção de um memorial da Igr. de S. Miguel, junto à ponte

DETALHES

1 - Pretende-se facultar uma abordagem genérica aos conceitos de património histórico – história, legislação e práticas de valorização patrimonial. Seminário de um dia, a cargo de três associados: Joaquim Moedas Duarte (Património), Maria Manuela Catarino (História da Arte Portuguesa) e António Carneiro (Património e Turismo).
2 – Curso orientado pelo arqueólogo António Gonzalez, destinado a um público jovem. Parte de uma abordagem teórica para a sua aplicação em contexto prático, a partir das pesquisas arqueológicas sobre o abastecimento de água a Torres Vedras nos séculos XIV a XVI.
3 – Parceria com Académico de Torres Vedras e João Barrinha. Neste dia far-se-á a apresentação do concurso.
4 – A ADDPCTV tem participado anualmente, integrando-se no programa nacional da DGPC. Será editado um texto de apoio.
5 – A ADDPCTV, a convite da população local, preside à Comissão dinamizadora do restauro da Capela da Zibreira.
6 – Trata-se da continuação de uma parceria com o CAS Runa e a responsável pela área da conservação patrimonial, Fátima Fernandes.
7 – A quinta foi recentemente classificada como Monumento de Interesse Público pela portaria n.º 477/2017, DR, 2.a série, n.º 241, de 18-12-2017.
8 – Nos anos 60, o SNI do Patriarcado de Lisboa liderou um processo de recuperação de igrejas em risco de ruína, de que as do Ramalhal e Runa são expressivos exemplos. Trata-se de obras que levantaram bastante polémica na altura e que ainda hoje podem suscitar reflexões interessantes.
9 – Esta actividade terá a participação de um enólogo. Desta forma, a ADDPCTV celebra a designação de TORRES VEDRAS – CAPITAL EUROPEIA DO VINHO.
10 – Colaboração com o MMLT, na sequência da inventariação do património pictórico concelhio.
11 – É o seguimento da recolha iniciada em 2012, para a constituição de uma videoteca das memórias torrienses do séc. XX.
12 – A ADDPCTV é frequentemente solicitada para organizar e guiar estas visitas.
13 – É uma actividade inserida no âmbito do Programa Pedagógico do MMLT. Tem como temas: I - a toponímia torriense; II - os monumentos classificados do concelho.
14 – Produção e edição do Vídeo-Livro Sentir-te a Voz, uma evocação de Torres Vedras ao longo da História. O texto é acompanhado por mais de duas centenas de imagens que nos dão com rigor e imaginação os diversos momentos e espaços de Torres Vedras medieval, moderna e contemporânea.
15 – Este caderno integra-se na linha editorial da ADDPCTV, recentemente lançada, com textos relacionados com o nosso património.
16 – Participação na consulta pública ao regulamento elaborado no âmbito da OesteCIM.
17 – Pretende-se salvaguardar a memória da Igreja de S. Miguel, junto ao rio Sizandro, cujas ruínas chegaram até ao primeiro quartel do séc. XX.



Torres Vedras, 28 Fevereiro 2018
A DIRECÇÃO DA ADDPCTV
Joaquim Moedas Duarte
José Pedro Sobreiro
Luís Filipe Rodrigues
Pedro Marques Fiéis

Carlos Ribeiro da Cunha

O Relatório de contas 2017 e o Orçamento para 2018 foram também aprovados. Podem ser consultados pelos associados na Sede da Associação.