15 dezembro 2018

DE NOVO O CASTRO DO ZAMBUJAL

No BADALADAS de 14 de Dezembro, publicámos este apontamento:


   «VALORIZAÇÃO DO CASTRO DO ZAMBUJAL

 
 
O castro é uma das jóias da coroa do nosso Património edificado. Há muito que se exigia uma intervenção de fundo, que o protegesse e valorizasse.
A Associação do Património contribuiu com estudos, ideias e sugestões, por isso as obras que agora se concluíram eram aguardadas por nós com grande expectativa. No essencial, ela não foi defraudada e, com isso, muito nos congratulamos. Mas o trabalho não está concluído, evidentemente. Por ora, consideramos que é de relevar o trabalho feito: consolidação das estruturas pétreas, passadiços de madeira, painéis informativos, limpeza do casal saloio, arrumação das muitas pedras que por ali andavam espalhadas, construção de pequeno edifício com sanitários e primeira fase do alargamento e pavimentação do parque de estacionamento.
Aguardamos, agora, a fase seguinte: criação de um Centro Interpretativo, construção de uma plataforma elevada, para observação – que possibilite visitas seguras e impeça a deambulação de visitantes sobre a parte mais significativa do monumento – e continuação das escavações. Como é próprio das estações arqueológicas, há ainda muito a procurar, investigar, estudar.»

Dois dias depois, soubemos de uma visita de estudo, no âmbito da disciplina de FOTOGRAFIA, organizada pela Universidade da Terceira Idade de Torres Vedras. A iniciativa foi divulgada no facebook, de onde tirámos esta foto:




Esta imagem fotográfica mostra bem como a valorização do Castro não teve em conta a necessidade de o defender. As pessoas deambulam lá por cima, arriscando-se a cair e deteriorando as estruturas pétreas.
Há muito que defendemos uma plataforma elevada, em madeira, ou um passadiço - para observação da parte mais espectacular do castro, a barbacã.
Nos avisos do painel de entrada pede-se aos visitantes para não sairem dos passadiços de madeira mas depois não há forma de observar de perto se não saindo deles e andando por lá, à vontade.
Esta valorização foi, pois, na minha perspectiva - e também da Associação do Património - um trabalho incompleto e com incoerente informação aos visitantes.

Joaquim Moedas Duarte


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