15 dezembro 2018

CADERNOS DO PATRIMÓNIO






CADERNOS DO PATRIMÓNIO, UMA INICIATIVA EDITORIAL
  
«Cadernos do Património» é uma colecção agora lançada pela Associação para a Defesa e Divulgação do Património Cultural de Torres Vedras com o objectivo de investigar e dar a conhecer aspectos da história local, de pugnar pelos valores próprios que modelam e caracterizam o património do concelho de Torres Vedras, isto é, dos seus vestígios materiais e imateriais.
Desde a fundação, em Março de 1979, a Associação do Património de Torres Vedras tem desenvolvido múltiplas acções, e em diferentes domínios, tendo sempre como escopo a defesa intransigente do território, no que respeita à preservação da sua história física e social. E essa história diz respeito ao património construído, mas também à salvaguarda da memória colectiva envolvendo um amplo diálogo com as diversas disciplinas, desde a arquitectura e o urbanismo, passando pela história da arte e pela sociologia, até à decisão política. Numa atenção vigilante a esse jogo de perspectivas.
Ora, a maior eficácia para a defesa de um património passa necessariamente por torná-lo público. Assim, a edição física, e actualmente a edição electrónica, aparecem como instrumentos indispensáveis a tal divulgação. É o que tem acontecido ao longo dos seus quarenta anos de existência e ultimamente com a presença permanente na Net através de vários Blogues.
«Cadernos do Património», enquanto iniciativa de natureza editorial, insere-se neste contexto, encontrando-se aberta à participação em geral. Irá abranger, por um lado, áreas como a biografia de personalidades reconhecidas, a história de empresas e de associações, ou ainda outros temas de âmbito local.  Por outro, trabalhos de autor, desde que se enquadrem na temática do património nas suas diversas expressões e linguagens.

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A sessão de lançamento foi largamente participada. O BADALADAS publicou reportagem:



 A obra agora publicada pode ser adquirida na Gráfica Torreana e na Papelaria UNIÃO, em Torres Vedras.





DE NOVO O CASTRO DO ZAMBUJAL

No BADALADAS de 14 de Dezembro, publicámos este apontamento:


   «VALORIZAÇÃO DO CASTRO DO ZAMBUJAL

 
 
O castro é uma das jóias da coroa do nosso Património edificado. Há muito que se exigia uma intervenção de fundo, que o protegesse e valorizasse.
A Associação do Património contribuiu com estudos, ideias e sugestões, por isso as obras que agora se concluíram eram aguardadas por nós com grande expectativa. No essencial, ela não foi defraudada e, com isso, muito nos congratulamos. Mas o trabalho não está concluído, evidentemente. Por ora, consideramos que é de relevar o trabalho feito: consolidação das estruturas pétreas, passadiços de madeira, painéis informativos, limpeza do casal saloio, arrumação das muitas pedras que por ali andavam espalhadas, construção de pequeno edifício com sanitários e primeira fase do alargamento e pavimentação do parque de estacionamento.
Aguardamos, agora, a fase seguinte: criação de um Centro Interpretativo, construção de uma plataforma elevada, para observação – que possibilite visitas seguras e impeça a deambulação de visitantes sobre a parte mais significativa do monumento – e continuação das escavações. Como é próprio das estações arqueológicas, há ainda muito a procurar, investigar, estudar.»

Dois dias depois, soubemos de uma visita de estudo, no âmbito da disciplina de FOTOGRAFIA, organizada pela Universidade da Terceira Idade de Torres Vedras. A iniciativa foi divulgada no facebook, de onde tirámos esta foto:




Esta imagem fotográfica mostra bem como a valorização do Castro não teve em conta a necessidade de o defender. As pessoas deambulam lá por cima, arriscando-se a cair e deteriorando as estruturas pétreas.
Há muito que defendemos uma plataforma elevada, em madeira, ou um passadiço - para observação da parte mais espectacular do castro, a barbacã.
Nos avisos do painel de entrada pede-se aos visitantes para não sairem dos passadiços de madeira mas depois não há forma de observar de perto se não saindo deles e andando por lá, à vontade.
Esta valorização foi, pois, na minha perspectiva - e também da Associação do Património - um trabalho incompleto e com incoerente informação aos visitantes.

Joaquim Moedas Duarte