Publicado em 6 de Julho de 2012
O CENTRO HISTÓRICO – UM CENTRO COMERCIAL
E CULTURAL A CÉU ABERTO
(III Parte)
ARMANDO FERNANDES
( Business Coach )
“A
maioria das pessoas não planeia fracassar, fracassa por não planear.” John L. Beckley
Há que planear, sim. Mas há
que pôr mãos à obra, concertando posições, gerindo com sabedoria recursos
financeiros, sensibilizando e convocando para cada problema os sectores e os
agentes respectivos. O Centro Histórico é um mar de problemas acumulados de todo
o tipo, sobretudo económicos e sociais, e não resolúveis numa só geração. Por
isso mesmo é preciso planear, e planear não deixando ninguém de fora. Caberá
naturalmente ao poder político o seu papel próprio e decisivo, porque nossos
legítimos representantes. Mas a comunidade, no seu todo, não deve ficar alheia,
nomeadamente o tecido empresarial e associativo
Na sequência da sistematização anterior em que
foram elencadas algumas acções que ao poder político caberia olhar com atenção
e pensar com firmeza, passo a enumerar um conjunto de sugestões – dirigidas ao
sector cultural e empresarial – que poderão atrair as pessoas ao Centro
Histórico a fim de acelerar a sua regeneração.
Neste sentido, e por
iniciativa das Associações Culturais e Empresariais é possível:
·
O envolvimento com a Marca “Torres ao Centro”;
·
A criação do Cartão “Torres ao Centro” com
benefícios para quem o use no comércio e actividades culturais lá instaladas;
·
O estabelecimento de parcerias com outras
Associações Culturais, Associações Empresarias, Sindicatos, Associações
Sectoriais, e Empresas, a fim de partilharem os processos de comunicação e
marketing e gerarem mais sinergias para trazerem pessoas ao Centro
Histórico.
·
A ligação do sector da cultura com o meio
empresarial para trazer pessoas;
·
O envolvimento com o sector social para apoiar
e trazer mais pessoas;
·
A construção de planos de actividades capazes
de garantir o equilíbrio financeiro das Associações;
·
A implicação do tecido cultural, tendo em
conta as incubadoras de negócios e o empreendedorismo;
·
Os Jovens frequentam o centro histórico de
Torres à noite. É possível atrair jovens durante o dia criando espaços e
actividades para o empreendedorismo jovem;
·
O comprometimento de associações de outras
localidades, gerando intercâmbios;
·
O apoio à autarquia na criação de espaços
dedicados a actividades similares;
Todos sabemos que a gestão
das grandes superfícies são efectuadas de forma profissional e integrada por
uma só entidade ou por uma empresa que gere um condomínio. Tal gestão tem
simplesmente um objectivo: atrair clientes.
Gerir uma cidade,
nomeadamente um Centro Histórico, é deveras mais difícil, pois os
intervenientes têm objectivos muito dispersos e a dificuldade em se
concentrarem no essencial que é trazer cada vez mais pessoas ao Centro!
Considero pois que só haverá
VIDA no «Centro Histórico de Torres Vedras» se houver um alinhamento dos
objectivos de todos intervenientes, orientado estrategicamente para transformar
«Torres ao Centro» num Centro Comercial e Cultural a céu aberto.
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